Por seis votos a um os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barraram a candidatura do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).
Depois de uma longa sessão o resultado dá um novo rumo para as eleições presidenciais, já que, o petista figurava no topo das pesquisas eleitorais com uma larga diferença do segundo colocado.
Preso em Curitiba desde abril, Lula foi sentenciado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão. Somente o ministro Edson Fachin argumentou que o Brasil deveria seguir a decisão do Comitê de direitos Humanos da ONU a favor de Lula.
Prazo de 10 dias foi estabelecido pelo Tribunal para que o Partido dos Trabalhadores substitua o nome do ex-candidato. Até que a substituição seja feita, o partido fica proibido de fazer atos de campanha citando o ex-metalúrgico ou exibir suas imagens no horário eleitoral gratuito.
Em nota, a comissão nacional do PT reafirmou que continuará apelando em todos os meios para garantir a candidatura do ex-presidente. “Vamos apresentar todos os recursos aos tribunais para que sejam reconhecidos os direitos políticos de Lula, previstos na lei e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Vamos defender Lula nas ruas, junto com o povo, porque ele é o candidato da esperança”, informa.
Ao Diário do Rio Claro, a presidente do diretório municipal do PT, Olga Salomão, argumentou que decisão é um retrocesso. “Nós temos clareza que o golpe foi contra o PT para impedir a continuidade de um projeto para a maioria. E para isso inviabilizar a candidatura de Lula é crucial. Esses membros do TSE ainda vão sentir vergonha de si mesmos”, criticou a ex-vice prefeita de Rio Claro.
OUTRO LADO
Para o presidente do diretório municipal do Democratas, vereador André Godoy, a justiça foi feita. “É uma decisão importante porque a justiça foi feita”, declarou à reportagem.
Para o democrata, a decisão representa um fôlego para a política, já que, reestabelece a moralidade na política. “Não é possível um país da dimensão do Brasil, em um julgamento como esse, ter um desfecho diferente”, argumenta.
Por fim, Godoy pontua que a partir deste momento o cenário para eleições fica mais claro. “Temos apenas um cenário agora”, finaliza.