Em visita ao Centenário na tarde dessa sexta-feira (12), o ex-diretor de Cultura do governo Du Altimari (MDB), Luiz Carlos Curinga, anunciou que está deixando a presidência do diretório municipal do PCdoB em Rio Claro.
Desde 2009 como presidente da sigla, Curinga afirmou que enviou carta ao diretório estadual, também nessa sexta, comunicando a decisão. “É um tempo de dar uma respirada, estou precisando cuidar de projetos pessoais. Mas vou prosseguir no partido e quero continuar colaborando para a construção política na cidade”, enfatiza.
CONSTRUÇÃO
Curinga destaca que pretende trabalhar na articulação de um grupo em prol da cidade, mas descarta uma possível candidatura. “Quero agregar um grupo que pense mais a cidade. Pois do jeito que está, chegou ao esgotamento político”, comenta ao ressaltar que seu trânsito com outras siglas, inclusive de outras correntes ideológicas.
“Dentro do campo político, nos bastidores, consegui transitar entre as siglas e ganhei algum respeito. Quero poder colaborar neste sentido, de pensar a cidade. Mas não vou deixar o PCdoB”, diz.
NOVA POLÍTICA
Curinga acredita que a política moderna tem incluído as ferramentas tecnológicas, mas que o princípio continua o mesmo. “O diálogo e articulação são as bases da política e elas devem continuar e são fundamentais. Nós não podemos matar a vaca para acabar com o carrapato”, diz sobre os escândalos no país que, afirma, devem ser punidos.
TRANSPARÊNCIA
O ex-presidente diz ainda que as tecnologias devem ser utilizadas, mas, sobretudo, é preciso dar mais transparência aos atos do poder público. “A transparência é o único meio de acabar com a corrupção. Se for o caso, coloque um telão na praça quando tiver uma licitação, por exemplo, para que a população acompanhe.
Manter isso na internet também. É uma forma de driblar a corrupção. Se não dar publicidade aos atos, a corrupção vai dar um jeito de acontecer”, avalia.
HISTÓRICO
Curinga entrou no PCdoB em 1999. Atuou dentro do partido como secretário de juventude, depois comunicação e, antes de assumir a presidência, atuou ainda como secretário de organização.
Ele auxiliou na construção do projeto de governo de Du Altimari, onde desempenhou o papel de diretor de Cultura e, depois, de Políticas Especiais.
Em 2010, participou do comitê suprapartidário da ex-presidente Dilma Roussef.
Curinga mantém ainda a agência Cultive Comunicação, onde desenvolve trabalhos para empresas.