Depois de três anos, desde a edição de 2019, a Fórmula 1 retornou a Melbourne para colocar carros na pista do Albert Park. Na madrugada de domingo (10), a corrida marcou a primeira vez na temporada em que os carros largaram para um GP sob a luz do sol – era o meio da tarde no horário australiano. Mais uma vez com os dois protagonistas do campeonato, Charles Leclerc e Max Verstappen na frente até então, a promessa era de um novo episódio do duelo. Leclerc levou a melhor e venceu a prova.
Foi com autoridade. O monegasco foi brevemente ameaçado por Max Verstappen numa das relargadas, quando teve de se defender por um momento, mas foi só. Tirando isso, esbanjou tranquilidade para controlar a primeira colocação e marretar a tabela de melhores voltas atrás do ponto extra. Mais um fim de semana que credencia o piloto da Ferrari à briga que vem pela frente no restante do ano.
Após Leclerc, Sergio Pérez fez mais uma corrida segura e ficou com a segunda colocação, enquanto George Russell foi ao seu primeiro pódio pela Mercedes. Lewis Hamilton, Lando Norris, Daniel Ricciardo, Esteban Ocon, Valtteri Bottas, Pierre Gasly e um incrível Alexander Albon, que deu 57 voltas com o jogo de pneus duros da largada e colocou os macios para um giro derradeiro, completaram a zona de pontos. Leclerc, com a volta mais rápida, levou o ponto extra.
O grande derrotado da corrida foi Verstappen. Não por erros próprios, porque fez uma corrida possível com a segunda posição garantida e tentando atacar Leclerc na única chance que deu. Estava claro que a Ferrari tinha a vantagem no Albert Park. O que aconteceu foi um problema no motor da Red Bull, mais um na temporada para os propulsores Red Bull Honda. Os 18 pontos que estavam assegurados, assim como no Bahrein, viraram fumaça.
A Fórmula 1 retorna em duas semanas, dia 24 de abril, para o GP da Emília-Romanha, em Ímola.
E. Cortez / Foto: Ferrari