Em mais uma edição da série idealizada pelo Diário do Rio Claro com o objetivo de enfatizar a arte produzida e idealizada em Rio Claro, o destaque é o músico e produtor cultural rio-clarense Leandro Godoy de Oliveira, de 26 anos, também conhecido como Leandro Malazarte.
Leandro teve seu primeiro contato com o violão aos 11 anos e, a partir dali, foi se desenvolvendo e envolvendo com vários projetos musicais, tocando em escolas, igrejas, orquestras e festivais da cidade. “Não digo que comecei cedo e sim na hora certa”, aponta o músico.
Profissionalmente, já desempenhou diversas funções no setor artístico. Trabalhou como músico, educador, compositor, produtor e técnico (som, luz e vídeo) em estúdios de gravação, emissora de TV e espetáculos ao vivo.
Prestou serviços em programas culturais do Sesc, Sesi, APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte) e em apresentações de grupos e artistas renomados. Também trabalhou na Secretaria da Cultura de Rio Claro, de 2018 a 2019, colaborando na realização de eventos culturais na cidade. Atualmente, trabalha com desenvolvimento de projetos culturais e leis de incentivo à cultura.
O produtor revela que não sabe exatamente quando teve esse despertar e vontade de trabalhar com arte, pois tudo fluiu naturalmente. “Quando me dei conta já estava fazendo renda com isso. Lembro que minhas primeiras remunerações, aos 14 anos de idade, foram através de aulas de música em casa e tocando em quermesses e casamentos. A partir daí, passei por muitos lugares e conheci muita gente. Quem quer viver de arte não pode ter preconceitos e nem criar raízes. Tem que se lançar para o mundo e se permitir ser o que é”, conta.
Para Leandro, “a arte é uma ferramenta de grande poder de transformação”. Ele define: “Sendo multifacetada, ela nos permite desenvolver de maneira mais completa. O constante contato com ela me permite crescer e evoluir cada vez mais como ser/pessoa. Todo artista é um influenciador que molda opiniões e pensamentos.
Em meus trabalhos, busco ser o mais responsável possível e procuro sempre levar uma mensagem reflexiva às pessoas. Já há algum tempo, venho produzindo projetos artístico que têm por objetivo disseminar respeito e informação. Além de me encorajar na busca de ser alguém melhor, a arte também me mostra que é possível ter ações construtivas com o que está à minha volta”.
Sobre o futuro, Leandro comenta que são tantas possibilidades e coisas para aprender que sempre deixa essa pergunta em aberto. “Só sei que quero voar alto e longe. Conhecer mais lugares, pessoas, costumes e culturas. Ano passado abracei quatro projetos que estou tendo muita satisfação em participar.
Um é sobre o desenvolvimento da música instrumental no Brasil (Trio Oré), o outro é sobre saúde mental e diversidade sexual (Grupo Manxs), o outro retrata os orixás e como eles estão presentes na cultura brasileira (Banda Odoya) e, por fim, o meu trabalho autoral (Leandro Malazarte), o qual vem me proporcionado a oportunidade de participar de festivais da canção pelo Brasil. Através deles, estou conseguindo atingir meus objetivos: proporcionar cultura e informação às pessoas em lugares distintos”, declarou em entrevista ao Diário.
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