O público brasileiro que quiser acompanhar os momentos finais e mais emocionantes das 24 Horas de Le Mans, (a mais importante prova de longa duração do planeta), poderá fazê-lo pela TV e pela Internet.
Na Fox Sports, a transmissão tem início às 8h deste domingo, seguindo até 11h, momento em que a corrida será encerrada, revelando os grandes campeões de cada classe.
Entre os seis brasileiros que estão disputando a prova, está André Negrão, cuja paixão pelo automobilismo está no sangue de E nem poderia ser diferente: o campineiro nasceu em uma família com enorme tradição no esporte a motor. Seu pai (Guto Negrão), tio (Xandy) e primo (Xandinho) fizeram suas carreiras nas pistas de corrida.
Apesar disso, foi só aos 11 anos que André começou no kart. Felizmente isso não o impediu de evoluir rapidamente no esporte: após algumas temporadas no kart, ele fez um curso de pilotagem na Espanha e estreou na Fórmula Renault 2.0 (uma das categorias de acesso mais fortes da Europa) em 2008.
É com este currículo invejável que ele está disputando mais uma edição das 24 Horas de Le Mans. A prova de longa duração mais famosa e desafiadora do planeta – que teve largada às 11 horas deste sábado- não é exatamente um bicho de sete cabeças para o jovem de 29 anos. Pelo contrário: André participa regularmente da corrida desde 2017 e é bicampeão da categoria LMP2.
Nesta edição, ele largou em terceiro lugar, atrás apenas dos carros da favorita Toyota. André, inclusive, foi o brasileiro mais bem colocado (e com mais chances de vitória) entre os seis que disputam a prova. Além dele, Pipo Derani, Felipe Nasr, Daniel Serra, Felipe Fraga e Marcos Gomes também participam da icônica corrida de longa duração.
Em entrevista a UOL Carros, André se mostra confiante em seu primeiro ano na categoria LMP1, a mais difícil de Le Mans. E acredita que pode subir ao lugar mais alto do pódio neste domingo.
“Fizemos 1.300 km em testes com todos os componentes e não tivemos problemas. Então isso é um bom sinal, e tudo pode acontecer”, declarou.
Apesar de competir pela mesma equipe desde 2017, apenas nesta temporada é que o time foi rebatizado como Alpine. Negrão (que corre ao lado dos franceses Nicolas Lapierre e Matthieu Vaxivière) se diz ambientado à escuderia e sabe do peso da responsabilidade de defender as cores da Alpine nome da lendária marca de esportivos que também debutou na Fórmula 1 em 2021.
“Me sinto em casa com essa equipe. Eu me dou muito bem com os chefes de equipe, os engenheiros e os mecânicos. Então é uma honra correr em Le Mans e vestir o uniforme deles em uma prova tão importante, inclusive pelo fato deles serem franceses em uma corrida disputada na França. É como se eu estivesse guiando em Interlagos por uma equipe brasileira”, comparou.
A Alpine é uma marca pouco conhecida do público geral no Brasil. Entretanto, a empresa possui uma imagem bastante respeitada nas pistas de corrida, inclusive por aqui.
Por E. Cortez / Foto: Divulgação