Situação preocupante para a dengue é apontada em levantamento realizado no mês de abril em Rio Claro. Agentes visitaram 2.500 residências e larvas do mosquito Aedes aegypti foram encontradas em 441 delas. Neste trabalho também foram identificados 4.549 recipientes que poderiam acumular água e se tornarem criadouros do mosquito.
Os números chamam a atenção e reafirmam a importância da comunidade se atentar ao assunto e adotar medidas que evitem o acúmulo de água em recipientes onde o mosquito pode se reproduzir.
“Se esses criadouros não tivessem sido removidos eles possivelmente também apresentariam larvas”, destaca Paula Kannebley, diretora de Vigilância em Saúde.
O levantamento foi realizado para a Análise de Densidade Larvária (ADL) que apontou no município índice de 1,7, situação de alerta segundo escala da Organização Mundial de Saúde.
“Hoje cerca de 80% dos criadouros de dengue estão nas residências, o que mostra que apesar dos esforços da prefeitura, sem o envolvimento da comunidade, não é possível combater o mosquito”, observa Diego Reis, gerente do Centro de Controle de Zoonoses.
Ações preventivas vêm sendo adotadas em trabalho permanente realizado pela prefeitura, que na semana passada publicou decreto do prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, autorizando o ingresso forçado de agentes públicos de saúde em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso.
No trabalho do dia a dia, os agentes da Secretaria de Saúde percorrem a cidade vistoriando residências e orientando a população. Mutirões são realizados aos sábados.
De janeiro a abril, cerca de 19 toneladas de criadouros foram recolhidas nos bairros durante os 12 mutirões de limpeza. Imóveis especiais, como escolas, e pontos estratégicos, como borracharias, também são vistoriados.
A Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Silvicultura e Manutenção realiza ininterruptamente ações de limpeza nos bairros. Também é fundamental que os proprietários mantenham os terrenos baldios em ordem.
Caso contrário, a prefeitura limpa e manda a conta ao dono faltoso, mas essa não é a situação ideal. Ao fazerem sua parte, os proprietários economizam e a prefeitura concentra ações nas áreas públicas, dando maior rapidez à manutenção da cidade e reduzindo o risco de problemas com a dengue.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é outro setor que tem importante papel nos serviços que a prefeitura oferece para que a cidade fique limpa e haja menos chance do mosquito da dengue se reproduzir.
A pasta gerencia vários serviços, como os seis ecopontos (que abrem todos os dias da semana), a coleta de lixo domiciliar em todos os bairros três vezes semana, o serviço de cata bagulho mensal nos bairros, com recolhimento porta a porta de móveis velhos e materiais inservíveis, e a coleta seletiva de lixo. Informações e calendários desses serviços estão no site da prefeitura, www.rioclaro.sp.gov.br.