O técnico espanhol Luis De La Fuente foi escolhido por uma votação interna com membros da Federação de Futebol Espanhola e foi anunciado como conhecedor profundo do presente e do futuro do futebol espanhol.
De La Fuente, logo que foi anunciado foi muito contestado pela imprensa espanhola, como sendo um técnico sem nenhuma bagagem.
Mas, o técnico trabalhou por vários anos como treinador da base da Espanha. Em 2013, assumiu a seleção Sub-19 e dois anos depois se tornou Campeão Europeu da categoria.
Em 2018 assumiu a categoria Sub-19, para no ano seguinte ganhar a Euro da categoria.
Nesse tempo, De La Fuente conheceu inúmeros jogadores, tais como Dani Olmo, Fabián Ruiz, Merino, Oyarzabal, Rodri e Unai Simón.
Destes jogadores, quatro, Dani Olmo, Fábian Ruiz, Rodri e Unai Simon começaram jogando a final contra a Inglaterra. Merino e Oyarzabal entraram no decorrer do jogo, sendo que Oyarzabal fez o gol do título.
E a mescla feita pelo técnico mostra que, realmente, ele é um profundo conhecedor do presente e do futuro do futebol espanhol, pois trouxe para o seu time nada mais, nada menos do que Lamine Yamal, 17 anos e Nico Williams, 22, as grandes sensações, hoje, do time espanhol.
E assim, lembrando o nosso querido Zagalo, tiveram que engolir o De La Fuente.
Tetracampeã
A equipe espanhola, com o título conquistado nesse domingo, tornou-se a equipe com mais títulos de Eurocopa.
Para mostrar o orgulho dos espanhóis com este título, uma das matérias do jornal espanhol Marca teve o seguinte título: “Sim, sim, o futebol voltou para casa!”.
“Espanha é campeã europeia! Equipe que parecia liquidada em março de 2023, deu à Espanha o seu quarto Campeonato da Europa. Ninguém tem essa autoridade na Europa. A equipe olha todo o continente de cima. Doze anos depois, o futebol voltou para casa”, este é parte do texto referente ao título.
Mais jovem campeão da Euro
Uma outra façanha conquista pela Furia Roja é que colocou em campo o mais jovem campeão da Eurocopa, Lamine Yamal que completou 17 anos um dia antes da final.
Artilheiro de 660 gols e nenhum título
Na Inglaterra, hoje, parece que existe uma maldição. Harry Kane, grande artilheiro, bom jogador, mas não consegue conquistar um título sequer como profissional. E não é só pela seleção, mas também pelos clubes que joga.
Eu não conheço nenhum outro caso semelhante no futebol mundial. Kane marcou até aqui em sua carreira 660 gols, acabou de ser eleito Chuteira de Ouro no futebol alemão, defendendo o Bayern, artilheiro da Premier League por três vezes, mas ainda não sabe qual é o gostinho de comemorar um título.
E a história continua a agredir Kane, já que essa é a segunda final consecutiva de Euro que ele não consegue conquistar. Em 2021 foi a Itália, nos pênaltis, que tirou-lhe a chance.
Para se ver como a coisa é muito estranha mesmo, vamos citar a história de Kane com o Bayern. O time alemão vinha vencendo o campeonato alemão por 12 anos consecutivos. Em 2023 Kane chegou e o Bayern não conquistou nada.
Realmente, é um caso a ser estudado.
Eduardo Sócrates Bergamaschi / Fotos: Jornal Marca, Espanha