Neste 1° setembro, o Diário do Rio Claro celebra os 137 anos de vida com histórias de rio-clarenses entrelaçadas ao veículo de comunicação mais lido da cidade. É o caso do casal Waldomiro Fuzaro, de 87 anos, e Helena Balabem Fuzaro, de 81, que conversaram com a reportagem e relembraram fatos do município que os marcaram.
Com o romance que começou no Cine da Paulista, na Rua 1, em 1965, o casal que está junto há 52 anos mantém o hábito de tomar o cafezinho de toda manhã folheando as páginas do Diário do Rio Claro. É assim toda manhã. Sem falhar. Em pouco mais de cinco décadas, algumas histórias impactaram a vida do casal Fuzaro.
Um dos casos mais trágicos não passaria batido: o acidente na Rodovia Fausto Santomauro, que liga Rio Claro à Piracicaba e deixou 29 mortos e 15 com ferimentos graves. O caso aconteceu há 29 anos e envolveu um ônibus fretado da empresa Cidade Azul, de Rio Claro, e um caminhão da empresa Sean carregado de piche.
Como noticiado pelo Diário do Rio Claro à época, os veículos bateram no km 5,4 da estrada, ainda no município de Rio Claro, às 18h50 daquela noite. O ônibus bateu de frente com o caminhão, que vinha no sentido oposto.
“Eu tinha 50 anos e me lembro como se fosse hoje. Foi muito triste ver tantos jovens perderem a vida para um trágico acidente. A cidade amanheceu sem vida. Ficamos pensando nessas almas e também nos pais das vítimas. Foi muito triste”, relembra ela que afirmou ter acompanhado os desdobramentos com o Diário.
“Lemos tudo. O caso foi meses destaque nas capas. Ficamos pensando nos nossos filhos e netos. Realmente foi uma coisa que nos marcou”, diz.
Waldomiro comenta que o assunto na vizinhança permaneceu por muito tempo. “Ficávamos inconformados. Líamos de manhã as atualizações e comentávamos no fim da tarde, aqui no quintal. Foi lamentável”, pondera.
Reportagem especial recente do Diário também marcou casal do Cidade Nova
Foi em outubro de 2022, em um domingo, que o jornal estampou na capa a seguinte reportagem “As lavadoras de sepulturas”. A matéria bateu recorde de visualização e 54 mil curtidas até ontem, e contando.
O Diário mostrou a rotina de mulheres que trabalham no Cemitério Municipal São João Batista lavando túmulos. As personagens mexeram com a vida do casal. “Vimos muita força de vontade, coragem e perseverança de uma das entrevistadas de 80 anos que, faça chuva ou sol, estava lá, dando o seu melhor”, fala dona Helena.
Já seu Waldomiro fez questão de comentar sobre o bem que dona Catarina, da reportagem, fazia com o dinheiro que ganhava bem suado. “Alimentava os gatinhos que ali moravam. Foi tão lindo ouvir ela falando que os trata como filhos. Obrigado ao jornal por compartilhar conosco essa história de vida”.
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