Pesquisa publicada nessa quinta-feira (2) pelo Indsat (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos) apontou que 80% dos moradores de Rio Claro classificaram o asfalto como “ruim” ou “péssimo”. Do total de entrevistados, 8% disseram que a pavimentação está “ótima” ou “boa” e 12% responderam que está “regular”. A pesquisa ouviu 400 entrevistados durante o 1º trimestre deste ano.
Neste trimestre, a Qualidade do Asfalto no município recebeu seu pior índice de satisfação: 346 pontos. Por isso, a pavimentação foi classificada com Baixíssimo Grau. Até então, os índices variaram entre 403 e 480 pontos nos trimestres anteriores. Sempre com Baixo Grau, o segmento chegou a registrar 414 pontos no 2º trimestre de 2018 e 480 pontos no levantamento seguinte.
O resultado também coloca Rio Claro na penúltima posição do ranking geral de Qualidade do Asfalto, composto por 12 cidades do Aglomerado Urbano de Piracicaba. Todos os municípios são analisados trimestralmente.
AVALIAÇÃO
A partir de critérios avaliativos, a Indisat utiliza metodologia de classificação para calcular o índice de satisfação dos serviços públicos. A escala vai de 200 a 1.000 pontos e separa os serviços em classificações como Baixíssimo Grau de Satisfação, Baixo Grau de Satisfação, Grau Médio de Satisfação, Alto Grau de Satisfação e Grau de Excelência.
EMPRÉSTIMO
“Eu quero resolver o problema, mas precisamos de dinheiro”, explicou à reportagem o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria (Democratas).
O democrata lembra que sua administração regularizou a certidão negativa de débito e que o município está preparado para absorver o impacto do empréstimo proposto de R$ 60 milhões. “No começo do meu mandato priorizamos os pagamentos das dívidas da Santa Casa, das Carretas da Saúde, regularizamos as certidões.
Com isso, o asfalto acabou ficando em segundo plano. Não conseguimos ser rápidos como gostaríamos”, diz sobre a malha asfáltica de cerca de 900 quilômetros em Rio Claro. “A maior parte dessa pavimentação é antiga e precisa de recapeamento”, diz.
Juninho informou ainda que quatro equipes de tapa buraco estão em atividade na cidade e uma quinta está sendo contratada. “Essa nova equipe vai trabalhar com massa quente”, diz sobre a solução paliativa adotada.
Mesmo com as ações pontuais, o prefeito reforça a necessidade do empréstimo. “O empréstimo é uma modalidade que é utilizada em diversos municípios e nós temos condições de contrair o empréstimo, como foi feito em administrações passadas”, esclarece.
INVESTIMENTO
Dos R$ 60 milhões, o democrata explicou que R$ 20 milhões serão utilizados para recapeamento e não terá custo direto ao cidadão, e R$ 30 milhões serão gastos na pavimentação. O restante será utilizado no Daee e na Saúde.
“Para o recapeamento não haverá cobrança, mas quem receber asfalto novo pagará um preço justo que será definido com a população”, defende.
APOIO
Por fim, Juninho pede apoio aos vereadores da Câmara na aprovação do projeto para atender essa demanda da população. “Faremos uma série de reuniões com o Legislativo para explicar a importância do financiamento”, finaliza.