Um grupo de 160 adolescentes que cumprem (ou cumpriram) medida socioeducativa de internação em 68 centros da Fundação CASA no Estado de São Paulo estão inscritos para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL).
O Enem PPL é aplicado para adultos do sistema prisional e para adolescentes em medida socioeducativa de privação de liberdade (internação). As provas acontecem nos dias 23 e 24 de fevereiro, quando também haverá reaplicação da prova para os candidatos do Exame geral, ocorrido em janeiro, que não compareceram e solicitaram nova realização.
“O Enem é um exame que possibilita ao jovem que cometeu ato infracional ampliar suas escolhas futuras, dar continuidade à sua formação acadêmica e estar ainda mais preparado para a inserção no mercado de trabalho”, afirma o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa.
Na Fundação CASA, as provas ocorrem dentro dos centros socioeducativos. Os adolescentes já desinternados podem retornar ao local onde foram inscritos para realizar os testes.
As provas serão aplicadas por profissionais contratados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame.
No primeiro dia 23, os adolescentes responderão a 90 questões de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas, além de escrever a redação. No segundo (24), serão 90 questões de Ciências da Natureza e Matemática.
Todas as medidas sanitárias e de proteção contra a Covid-19 serão tomadas, como a higienização das salas antes da aplicação das provas, a manutenção do distanciamento entre os adolescentes participantes, uso de álcool em gel e máscara de proteção facial.
Educação na CASA
Na Fundação CASA, a educação escolar é realizada em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação, seguindo conteúdo programático, calendário e material didático da rede pública estadual.
A preparação para o Enem PPL ocorre principalmente no período da aula, embora a equipe pedagógica de cada centro socioeducativo tenha autonomia para aplicar atividades de preparação extra, com auxílio de pedagogos ou agentes educacionais da própria Fundação.
Foto: Fundação CASA/Eliel Nascimento