Sou moderninho. Recebo todas as manhã, pelo WhatsApp, o meu jornal Diário do Rio Claro, o Centenário, o arquivo histórico da família rioclarense, o melhor. Aliás, o leitor também pode receber o seu Diário pelo zap. Basta acessar o portal do Diário na internet e se inscrever. Fácil, fácil. E bom.
Nada mais confortável do que visitar o trono sagrado pela manhã esperando pelo momento prazeroso da vida, lendo as notícias e as opiniões que o Diário traz. Ler jornal toda manhã é habito que herdei de meu pai.
Das notícias dos jornais é que nasceram muitas vezes nossas conversas agradáveis e nossos debates calorosos, vez que divergíamos em vários aspectos no que diz respeito à política, religião e futebol. Era o cenário propício para causar o rompimento e a distância entre nós. Mas não.
Divergíamos com respeito e elegância. Nenhum cedia ao outro, nunca. Mas isso era bom. Porque deixava sempre um pretexto para retomar a conversa num momento mais oportuno.
Jornal vai bem com café. Ora, quem não sabe disso? E quem se acostuma a ler jornal, pode crer, vez por outra, vai esbarrar na leitura de um livro. Porque leitura é hábito que se adquire. E o jornal é um bom início para aderir à aventura inenarrável que a leitura de um bom livro nos proporciona. Agora, por exemplo, estou lendo Julio Verne. Um dos seus melhores livros. A Volta ao mundo em 80 dias.
Foi a partir da leitura de um artigo do colega Lapola, aqui do Diário, que me senti estimulado a voltar, depois de muito tempo, ao mundo fascinante de Verne, tido por muitos como profeta, por outros visionário, e por outros, dentre os quais me incluo, como um homem que estava à frente do seu tempo. Um homem que, talvez, tenha vindo do futuro. Verne é fera. Fera não era exatamente o que eu queria escrever, sabe caro leitor. Mas a boa educação e a ética do jornal me impedem de utilizar um termo chulo, porém, mais usual à boca pequena.
Por sinal, desde sempre, mais exatamente desde que Gutemberg pôs a prensa para funcionar, que os fatos correram à boca pequena, a partir de sua publicação nos jornais. Soube-se assim, desde então, onde e como ocorreu o crime, quem foi eleito, quem ganhou o jogo, e como aconteceu o acidente que vitimou tantas pessoas.
O quê, quem, quando, onde, como e por que? As perguntas essenciais de interesse de todos, que se constitui o caminho sagrado do jornalismo. É a partir daí que os fatos se desdobram, os comentários surgem, os pontos de vista são externados, formam-se opiniões diversas, o que é muito bom e a sociedade humana, vai, aos poucos, se descobrindo e se entendendo, vai desbravando novos caminhos, vai dando importância e finalidade à sua existência.
O jornal é essencial para a sociedade humana. E, ao longo do tempo, soube entender e se adaptar às mudanças, e se reinventar. Diminuiu o tamanho das páginas, foram introduzidas as fotografias, a partir de determinada época, de modo a tornar o contato do leitor com o jornal mais agradável, desapareceram os folhetins, surgiram as crônicas que, aliás, heroicamente, persistem até hoje.
Surgiram novos assuntos de interesse comum, como a informática, o mercado de automóveis e o imobiliário, tudo assimilado muito bem pelo jornal. As 100 regrinhas básicas estabelecidas pelo Toronto Star lá pelos idos de 1920, nos Estados Unidos, que ajudaram a formar astutos jornalistas como Hunter Thompson e hábeis escritores, como Ernest Hemingway, continua valendo. O jornal trata do óbvio, e é natural que o faça, na medida que trata da realidade cotidiana.
Bom, vou ficando por aqui, porque terminada está minha breve estadia matinal no trono sagrado. Acabam de chegar novas mensagens no WhatsApp, mas o exemplar digital do meu jornal Diário, kkk, chegou antes.
E agora já estou bem informado. Vou lá na banca do Pica-Pau trocar umas figurinhas sobre política e futebol com outros frequentadores da banca, a partir das informações que obtive com a leitura do jornal Diário. Começo bem o dia. Espero que ele continue assim. Bom dia, leitor, e boa leitura!