- Primeiramente é um privilégio voltar a contribuir com o Centenário após oito anos.
- Deixei a chefia de redação em 2012. Ainda recordo-me dos ensinamentos do Martins e do saudoso Sr. Geraldo.
- Pretendo registrar iniciativas exitosas da educação pública e tecer algumas reflexões sobre a importância da formação integral dos cidadãos 4.0.
- A pandemia tem ceifado vidas e empregos, botou muita gente para se reinventar. A zona de conforto foi literalmente destruída. Da política, saúde e a sala de aula: não há mais espaço para a inércia.
- A internet já tinha resetado o mundo da música, das artes, da literatura, do jornalismo e vinha mudando outros cenários com mais lentidão. A pandemia acelerou o processo: eis o “novo normal”
- Meu receio é que, no futuro próximo, se encontre novas maneiras de procrastinar e deixar o futuro do país, novamente, em segundo plano…
- O país precisa pacificar sua história, aprender com seus erros e parar de apostar em salvadores da pátria ou milagres econômicos. Precisamos investir no material humano. Não se constrói um futuro brilhante com semianalfabetos em português, história e matemática.
- E veja bem, não é o tipo de assunto que você resolva com expressões do tipo: o aluno é burro.
- O aluno, assim como você, só aprende o que lhe é significativo. Se é significativo para ele, em sua realidade de miséria e marginalização, roubar calotas de carro: ele aprenderá…
- Se for jogar e trapacear em um jogo de videogame: ele aprenderá…
- Oras, se ele aprende o que lhe é significativo, por que ignora lições de matemática e português? É meu caro, a educação precisa ser 4.0, para alunos 4.0.
- Lembro aqui um projeto piloto que acompanhei em uma escola estadual seis anos atrás. Como ensinar política, protagonismo e geografia? Fazendo os alunos jogarem Simcity nos computadores da escola: bingo! Ideia do grande Fábio Binotto…
- E assim termino essa coluna, nos vemos semana que vem!
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