No primeiro mês do ano é realizada a campanha Janeiro Roxo, que chama a atenção para a prevenção à hanseníase e a importância do diagnóstico precoce da doença. Ao longo do mês, a Fundação de Saúde de Rio Claro realiza ações chamando a atenção da comunidade para o tema.
“Durante a campanha as equipes das unidades de saúde intensificam a busca ativa de novos casos de hanseníase, o que inclui pessoas que conviveram com quem tem a doença. Também são realizadas atividades para informar a população sobre a hanseníase”, comenta Valeska Canhamero, que coordena o setor de Vigilância Epidemiológica do município.
Além disso, durante a campanha, são realizadas apresentações que informam sobre a doença a pacientes do Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico (Cead). Enquanto aguardam o atendimento na sala de espera, as pessoas ficam sabendo mais sobre a hanseníase e como identificá-la precocemente. Nos postos de saúde dos bairros estão sendo montados painéis informativos e as equipes estão abordando o tema em rodas de conversa. A doença também é assunto nas visitas domiciliares, quando os profissionais orientam pacientes e familiares. A programação inclui ainda atividades com os profissionais de saúde.
O tratamento precoce é condição essencial para a cura da doença e também fundamental para romper a cadeia de transmissão e evitar sequelas causadas pela hanseníase. O tratamento é realizado somente pelo SUS e é gratuito. Em Rio Claro, é realizado no Cead.
Os principais sintomas da doença são: manchas na pele de cor variada (esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas) com perda ou diminuição de sensibilidade, pele seca e queda de pelos, sensação de choque e “fisgadas” ao longo dos nervos dos braços e pernas, dor e diminuição da força muscular. Podem ainda aparecer nódulos (caroços) dolorosos em várias partes do corpo.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria (M. leprae) que atinge principalmente a pele e os nervos, causando a diminuição ou perda de sensibilidade. A transmissão se dá pelo contato direto e prolongado com a pessoa doente sem tratamento, que elimina o bacilo pelas vias aéreas superiores (tosse, fala e espirro). As pessoas que convivem ou conviveram com o doente sem tratamento também devem passar por avaliação com profissional de saúde.
Foto: SMS de Mesquita/RJ