Na tarde dessa terça-feira (12), foi anunciado o desligamento do presidente Jair Bolsonaro do Partido Social Liberal (PSL). Com isso, o Presidente deve integrar uma nova agremiação que, segundo seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), se chamará Aliança Pelo Brasil.
Para Ítalo Lorenzon, presidente do PSL Rio Claro, a saída do Presidente seria inevitável. Segundo ele, os apoiadores do Presidente devem migrar para o novo partido. “A questão, em São Paulo pelo menos, é a de que toda a estrutura do grupo político alinhado a Bolsonaro, que está no PSL, deve migrar inteiramente para o novo partido e de maneira idêntica. Ou seja, Eduardo Bolsonaro, como presidente da estadual, eu, integrando o Diretório Estadual e Conselho Estadual de Ética estadual e presidente do partido em Rio Claro.
Assim como quem é presidente do PSL em cada cidade e foi nomeado durante a gestão do Eduardo, a imensa maioria deve se manter no novo partido”, explica Lorenzon, que prevê que a “migração será em massa”.
De acordo com Lorenzon, a previsão é de que o processo para criação do novo partido seja acelerado para garantir as disputas municipais no próximo ano. “Os mesmos nomes que eram cotados para o PSL estarão no novo partido, estamos trabalhando para isso”, ressaltou.
Até o momento, apenas um dos filhos do Presidente, Flávio Bolsonaro, senador no Rio de Janeiro, deu entrada no desligamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, os demais deputados devem aguardar a criação do novo partido para deixar a sigla, evitando perder o mandato.
TROCA DE PARTIDOS
O PSL foi o oitavo partido por onde Bolsonaro passou em três décadas de carreira política. Antes, o presidente teve passagens por: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSC. A possibilidade de desligamento do PSL já havia sido aventada após desentendimentos entre o Presidente e o líder do partido, Luciano Bivar.
MOVIMENTO 17
Com uma bancada de 53 Deputados Federais, aliás, a segunda maior do Parlamento, o PSL surpreendeu nas últimas eleições e conta, ainda, três dos 81 senadores. Nas eleições do ano passado, o PSL assumiu o discurso contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e deu voz às demandas da população que pedia pelo fim da corrupção.