A prefeitura de Itirapina anunciou no sábado (8) as providências adotadas sobre o caso dos ataques de piranhas (pirambebas) na represa do Broa. Além da publicação do Decreto nº 4.270, que proíbe a presença de banhistas e impõe restrições às atividades aquáticas na represa, seguindo as orientações do Corpo de Bombeiros, a Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente oficiou especialistas e órgãos ambientais relevantes em busca de orientações e soluções.
Entre os consultados estão a Cetesb, a gestão da Área de Proteção Ambiental (APA) Cuesta Corumbataí, o Comitê de Bacias Hidrográficas, a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O Ibama já protocolou um pedido para análise sobre espécies invasoras, enquanto a SP Águas aguarda manifestação da Diretoria de Bacia do Médio Tietê. Especialistas como os professores Alberto Carvalho Peret (UFSCar) e Ricardo Jucá Chagas (Uesb) recomendaram a realização de estudos e monitoramento para obter informações mais precisas sobre o ecossistema local.
Em uma reunião realizada na última terça-feira (dia 4), representantes da Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente, da Associação de Moradores e Proprietários de Imóveis no Broa (Apib) e um biólogo especialista definiram três frentes principais de atuação:
1. Monitoramento da ictiofauna: a contratação de uma empresa especializada para realizar o monitoramento das espécies na represa, coletando dados sobre as frequências das espécies presentes no ecossistema.
2. Regulamentação da pesca: a elaboração de uma lei municipal específica para regulamentar a pesca no município, com ênfase na proibição da soltura de espécies invasoras.
3. Campeonato de pesca: a realização de um campeonato de pesca de piranhas, organizado pela Apib, seguindo todas as regulamentações ambientais pertinentes ao período da piracema.
A prefeitura reafirma seu compromisso com a segurança e o bem-estar tanto da população quanto dos turistas que visitam a região. As autoridades locais se comprometem a manter a comunidade informada sobre os desdobramentos dessa questão e sobre novas medidas que possam ser necessárias para garantir um ambiente seguro na Represa do Broa.
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