Todos que têm o hábito, principalmente as donas de casa de irem aos supermercados fazer suas compras, já se depararam com a elevação dos preços que vem dia a dia corroendo o bolso do consumidor, tanto é que em fevereiro do corrente a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcançou 5,2% no acumulado em 12 meses, maior taxa desde 2016.
Entre os itens que mais subiram no período, o óleo de soja é tido como campeão com uma alta de 90%, arroz 68%, respectivamente, sem contar com outros produtos considerados gêneros de primeira necessidade, fazem com que o consumidor pense e analise o que melhor lhe convémpara suprir a geladeira, diante de uma situação jamais vista nos dias de hoje.
A carne é a que mais pesa no orçamento com uma elevação de 29,5%, ficando mais comprometida aos que têm necessidade de consumi-la por uma razão ou outra, não há outra alternativa a esses consumidores senão partir para pesquisa de preços em estabelecimentos comerciais, onde os atrativos se apresentam mais acessíveis na comparação com outros distribuidores de produtos dos mais variados.
Iniciou-se o ano de 2.020 com uma inflação sob controle, ou seja, dentro da meta esperada pelo Banco Central do Brasil, entretanto, ao longo dos meses, o que a população sentiu foi o aumento progressivo dos preços de bens de consumo básicos como a carne, arroz, milho e feijão, dentre outros considerados de primeira necessidade.
Na sequência desse aspecto, esse aumento de preços causou uma elevação na inflação, de modo que o encerramento do ano de 2.020, incorporou-se a uma inflação acumulada de acordo com o IPCA de 4,52%, acima da meta prevista de 4%, de acordo com a previsão do Banco Central do Brasil.
Nos últimos dias, estudo pelo setor que analisa este fenômeno a respeito do impacto da inflação, de acordo com a faixa de renda de nossa sociedade, vem chamando a atenção, uma vez que é notório que existe uma grande desigualdade social entre a população brasileira, tendo por base que somos um país subdesenvolvido.
O maior impacto divulgado do aumento de preços, principalmente dos alimentos entre as diversas classes sociais, é certo que ao longo de 2.020 houve uma aceleração significativa dos preços dos alimentos e da energia elétrica, somando-se aos preços dos serviços e dos combustíveis que sofreram uma alta considerável, causando um impacto nas camadas sociais e de uma forma abrangente à classe de baixa renda.
É certo que o termo inflação é conhecido por todos aqueles que acompanham os noticiários econômicos e se informamsobre a realidade econômica do país e é caracterizada pela diminuição do poder de compra em toda a sua extensão.
Há de se fazer alusão às famílias de baixo rendimento, as que mais sofrem com um aumento desenfreado de 6,2%, enquanto a classe da população com renda mais alta, aumentou apenas em 2,7%, segundo pesquisas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada), uma situação das mais insuportáveis, porque os salários de um modo geral dessas famílias pobres não cobrem as despesas mensais em todo o país.
Como base nos dados do IPEA, percebe-se uma queda no poder de compra da população brasileira, porém, mais acentuada nas famílias com menor poder aquisitivo, essas que lutam pela sobrevivência e à medida que os dias se sucedem vão se tornando mais difíceis às pessoas de baixa renda suportar o que vem ocorrendo nos dias de hoje.
Espera-se o mínimo do governo em nível federal, visando, efetivamente, medidas que venham a contemporizar a situação da pobreza e das famílias de menor poder aquisitivo.