Um trabalho intenso de investigação da polícia aliado a testemunhas, câmeras de segurança e denúncias através do 181, possibilitou a identificação e prisão temporária de um dos envolvidos no latrocínio registrado em Rio Claro, na noite do dia 22 de outubro. Ele foi detido na quarta-feira (28), quando foi decretada prisão temporária até a conclusão do inquérito que tem prazo de 30 dias. “A gente espera que, nesse prazo, a gente consiga esclarecer todas as circunstâncias, identificar o segundo criminoso e também consigamos individualizar a conduta de cada um, descobrir quem dirigia a moto e quem efetuou o disparo”, observa o delegado da DIG Alexandre Socolowski.
INVESTIGAÇÕES
Logo após o crime, a polícia se empenhou para identificar os criminosos. “Realizamos diligências, toda a delegacia seccional, fazendo buscas pela cidade no intuito de identificar algum elemento que nos permitisse chegar a autoria desse crime. E, ao longo da semana, fruto das investigações, conseguimos imagens que nos permitiram a identificação de um dos autores que foi preso nessa quarta-feira e já estamos trabalhando na identificação do segundo que assim que for concluído, será muito breve, será preso também”, explicou o delegado seccional Paulo Hadich.
O empenho integrado teve papel importante para chegar ao envolvido. “A gente viu empenho de todo mundo, de toda força policial da cidade, todos os investigadores, guarda municipal, polícia militar, todo mundo ajudando e também da população através do 181, muitas denúncias chegaram até a gente. Algumas denúncias que indicavam a participação de um rapaz do Santa Eliza. Nós estivemos no dia seguinte ao crime na casa dele, ele não se encontrava e a família não sabia seu paradeiro, disse que não havia pernoitado na casa e não sabia seu destino. Alguns dias depois ele compareceu na DIG e criou várias versões, foram sendo desmascaradas passo a passo pelos investigadores. As histórias que ele contava não se encaixavam e nenhuma tinha sentido. Em razão disso pedimos a prisão temporária dele que foi decretada pela justiça. Depois que ele viu que todas as suas versões foram desmascaradas, ele assumiu que havia dirigido a moto a pedido de um desconhecido”, relatou o Delegado da DIG Alexandre Socolowski.
O INDIVÍDUO
O indivíduo de 21 anos é morador do bairro Santa Eliza e já conta com passagens nos meios policiais, inclusive quando era menor de idade, por roubo à residência, depois por furto de veículo. O mesmo, ao se apresentar, disse que ao saber pelos familiares que a polícia civil esteve em sua casa, acabou fugindo para a cidade de Santos. Fato que também segue em apuração. “A gente questionou porquê fugiu se diz que não tem nenhum envolvimento no delito. Informou que ele iria começar a assinar uma carteirinha, ficou com medo de cumprir uma pena pelo crime de furto cometido no passado, mas realmente uma história que não tem nenhum sentido”, disse Socolowski.
DEPOIMENTO
Em uma de suas versões, o indivíduo alegou que foi abordado por um desconhecido em uma praça do bairro Jardim Bandeirantes e receberia R$50 para conduzir a moto para o segundo envolvido que teria cometido o crime. “Disse que foi contratado pelo indivíduo que iria apenas fazer uma cobrança em um bar. Uma história absurda. E ele só teria sido chamado porque era habilitado e o segundo não. A moto ele disse que era do outro indivíduo. Ele deixa o rapaz no bar, houve o disparo, a pessoa volta para a motocicleta e os dois fogem. Essa versão que a gente acredita que também está repleta de questões duvidosas”, pondera o delegado Alexandre, dizendo ainda que a moto é vista três vezes circulando na região do crime.
O indivíduo alegou que colocou fogo na roupa que usava no momento do crime, jogou o celular fora. “Nós temos ainda muitas circunstâncias a serem apuradas”, comenta Socolowski.
COLABORAÇÃO
A Polícia Civil segue com os trabalhos e solicita a colaboração de todos para o desfecho. “Fundamental a ajuda da população, trabalhamos com informação, fazemos a busca pró ativa e muitas vezes que vem até nós através da população. Às vezes um pequeno elemento, uma circunstância que pode parecer não ter muita importância, para a gente é importante para fechar o chamado quebra-cabeça”, solicita o delegado seccional Paulo Hadich
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