Entendemos que a primeira missão do presidente da República eleito, assim como dos novos governantes, legisladores federais e estaduais, é pacificar o Brasil depois de uma campanha que se estendeu por todo o país exaltada por ânimos inflamados e discussões de toda a espécie.
Foi mais intensa nesse campo do que no pleito de 2014.
Com certeza, muitos que não votaram em Jair Bolsonaro deverão respeitá-lo, pelo menos é o que determina a democracia, independente das questões de ideologia por uma questão de ética. Em toda e qualquer disputa, sempre haverá um vencedor e um perdedor. Que este último aceite a derrota com dignidade.
Nesse contexto, entende-se que o futuro presidente a ser empossado no dia primeiro de janeiro de 2019 já adote medidas transformadoras, por sinal, já tem em sua mente a redução dos ministérios de 29 para 15, com a fusão de três ou quatro em uma única pasta, o que vem contribuir para a redução dos vencimentos de cada titular de cada ministério. Tomara que na prática dê certo.
A renovação no Senado e na Câmara são fatores importantes com novas mentalidades, porém, irão encontrar pela frente aqueles deputados e senadores mais experientes e mais ativos no desempenho dessa função. Nessas condições, tanto poderão ter êxito as novas mentalidades como encontrarão barreiras pela frente, levando em consideração interesses em jogo de toda a natureza e que nunca deixaram de existir.
Em um cenário marcado pelas investigações, prisões e outras situações atinentes ao envolvimento de parlamentares e ex-governadores, estando, neste contexto, figuras consideradas intocáveis, porém, com a aplicação da lei, juntamente com a Operação Lava Jato, o país passou a viver uma nova fase da sua história, o que não vinha acontecendo anos atrás. Moralizar a política e a postura de alguns políticos são fatores indispensáveis e que devam permanecer pelos anos afora.
O Congresso Nacional não pode ser balcão de negócios de governabilidade. Precisa assumir de modo taxativo e irreversível sua missão, em obediência ao que determina a Constituição e que represente o povo com dignidade, este mesmo povo que elegeu seus representantes à Câmara Federal e ao Senado da República.
A missão dos parlamentares deve ser direcionada aos interesses da população, fiscalizando de modo imparcial o Executivo, fazendo oposição a tudo que não corresponda às necessidades básicas e indispensáveis para o desenvolvimento e crescimento da Nação, mormente no que tange à justiça social, onde os direitos sejam colocados em prática sem discriminação, cor, raça ou religião, visando a perfeição de respeito ao ser humano.
Os desafios serão muitos para o novo governo, pois o Brasil continua mergulhado em sua mais grave crise econômica desde há muitos anos a ainda se ressente da instabilidade causada pelos escândalos de corrupção e impeachment presidencial, além das denúncias que seguem sendo investigadas no âmbito da Operação lava Jato. Em meio a tudo isso, resta a esperança de que dias melhores se aproximem e que resultem em uma nova fase de prosperidade em todos os quadrantes da Pátria.
Tudo indica que as eleições deram um novo alento ao país e, nessas condições, mais uma vez reciclaram a esperança dos brasileiros e que possa vir ao encontro da sociedade e das aspirações populares, já que se tratou de um dos mais importantes pleitos de toda a nossa história. Que o voto dado aos eleitos seja respeitado e honrado pelos novos governantes de todo o país.
Por Aléssio Canonice