Recém-nomeado para o cargo de presidente da Fundação Municipal de Saúde, Maurício Monteiro esteve no Diário do Rio Claro e, em entrevista, destacou os desafios que deve enfrentar no comando da pasta.
Segundo Monteiro, a linha de trabalho que está tentando implementar nessa primeira uma semana à frente da FMS é trazer condições de trabalho e propiciar tranquilidade para que os servidores possam ter condições de atuar e entregar o melhor de si, sem outras preocupações. “Queremos criar boas condições de trabalho e, claro, oferecer o respaldo necessário com os materiais necessários, como medicamentos, insumo e um planejamento adequado, para que isso atenda a população durante todo o ano”, destaca.
Para o secretário, o objetivo principal é pacificar e manter a máquina funcionando, sem perder as conquistas obtidas pela secretaria anterior, ocupada por Maria Clélia Bauer. “A Clélia teve capacidade e força para realizar uma tarefa amarga e difícil, que teve muito enfrentamento, esses avanços vão permanecer, vamos preservar.
Agora, queremos fazer com que o ambiente fique propício para que a saúde funcione na normalidade, queremos acalmar as tensões e manter a máquina funcionando”, comenta Monteiro, que ressalta ainda que “toda mudança gera desconforto e polêmica, por isso, agora é hora de colocar as coisas no lugar e manter funcionando adequadamente, sem perder o que foi conquistado a um preço alto, inclusive um preço pessoal muito alto”.
Na opinião de Monteiro, se as adequações feitas por Clélia não tivessem sido feitas, os problemas seriam muito maiores no futuro. “Eu falo tranquilamente que se a situação dos altos salários na saúde não tivesse sido resolvida, a Fundação estaria em rota de falência, além disso, o serviço público é cobrado o tempo todo, seja pela Ministério Público, Tribunal de Contas, ouvidorias, conselhos e também pela população, que agora tem nas mãos um instrumento muito forte, a internet e o celular, se não estão satisfeitos, registram tudo”, declara, lembrando que a população não aceita mais pagar um alto valor por algo que não está recebendo.
DESAFIO
Questionado sobre os desafios que deve enfrentar, o secretário foi enfático ao dizer: “o desafio não é a estrutura em si, mas as pessoas que vão operar essa estrutura, coadunar interesses em favor de um interesse maior, criar um ambiente não só favorável, mas criar sistemáticas e processos para melhorar os serviços e vencer os gargalos”.
MÉDICOS
De acordo com Monteiro, a FMS está realizando no momento um mapeamento dos profissionais de cada unidade, para avaliar as especialidades necessárias em cada posto. “Estamos fechando essa matemática, fazendo um levantamento e contabilizando os profissionais chamados em concurso.”
O secretário explica que é um ajuste que não se faz de uma hora para outra. “Até em razão da legislação é um processo moroso. Nós convocamos os médicos aprovados no concurso e eles têm 30 dias para se apresentar e mais 30 dias para efetivar. A contratação é um processo legal, como acontece em todo setor público, e demanda até mesmo o interesse dos profissionais e também a vigência do concurso, por isso pedimos a compreensão da população, estamos tentando solucionar”, finaliza.
Foto: Diário do Rio Claro