Em dezembro do ano passado o Líder de Supermercado Sérgio Fernando Gonçalves ficou ferido após um acidente de trânsito. Ele estava de moto, retornando para casa após o trabalho quando foi atingindo por um outro veículo. “Eu estava seguindo pela Rua Jacutinga, um condutor entrava em um Lava Rápido de carro e do nada, o carro desceu para rua novamente e foi ai que me atingiu”, relata.
Os danos foram fratura na tíbia e clavícula. Ficou sem andar, precisou ficar afastado do trabalho por seis meses e ainda hoje tem que recorrer à fisioterapia e hidroginástica. Ele faz parte da estatística divulgada em Boletim Estatístico de Maio da Seguradora Líder administradora do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
Segundo o informativo, os homens estão entre as principais vítimas do trânsito que recebem indenizações do DPVAT. Conforme os dados 75% das indenizações pagas por acidentes de trânsito são para vítimas do sexo masculino.
Somente em 2017, em média foram 384 indenizações pagas, a maior parte para homens entre 18 a 34 anos. 42% para motoristas homens e 7% para as mulheres.
No estado de São Paulo as indenizações pagas foram para 74% do sexo masculino e 26% para mulheres.
De janeiro a maio deste ano no estado foram 18.185 indenizações, sendo 2.346 por morte, 11.403 por invalidez e 4.436 para Despesas Médicas e Assistenciais.
Entre os tipos de vítimas a maior parte é de motoristas, com 11.946, passageiro 2.235 e pedestres 4.454.
As motocicletas lideram os dados dos solicitantes para o DPVAT, do começo do ano até maio foram 31.487 acidentes envolvendo motos e que as vítimas recorreram ao seguro. A maioria dos acidentes com mortes ou que causam invalidez ocorre com motocicletas. 80% das indenizações por morte em acidentes com moto foram para homens.
No ano passado de acordo com a Seguradora foram 46.466 indenizações no estado de São Paulo. Neste ano, de janeiro a maio, o Seguro DPVAT pagou mais de 148 mil indenizações.
O volume de indenizações por invalidez permanente é o mais representativo, 71%, num total de 104.930, 12% a menos no ano passado. Os casos de acidentes fatais registraram aumento de 7% em relação a 2017, chegando a 16.670 indenizações.
Os pedestres ocupam o segundo lugar na lista com mais de 35 mil pessoas indenizadas, ou seja, 24% do total de pagamentos. Os motoristas são os mais indenizados com 90.795 pagamentos. 23% dos acidentes ocorreram no período do anoitecer, entre 17h e 20h.
Em Rio Claro o Corretor de Seguros Rodrigo Destro diz que recebe por mês 20 solicitações de vítimas de acidente de trânsito para o recebimento do DPVAT.
O seguro por Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de via Terrestre (DPVAT) é obrigatório e destinado para indenizar vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos motorizados.
O Seguro DPVAT garante indenizações em três tipos de cobertura por: morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e assistenciais (DAMS).
Muita gente ainda desconhece o direito. A Agente de Serviços Gerais Neusa de Sousa é um exemplo. “Desconhecia, fiquei sabendo agora. Eu já estava pensando nas contas, já eu estou afastada do trabalho. Vou recorrer com certeza”, afirma.
Ela foi atropelada recentemente quando seguia pela Rua 5B cruzamento da Avenida 16A, de bicicleta para o trabalho. “Um carro não respeitou o pare e me atingiu”, conta.
De acordo com a Seguradora Líder, ela se enquadra na categoria de reembolso de despesas médicas e hospitalares com valor de até R$ 2.700. Neste caso, os beneficiários são contabilizados na categoria pedestres.
Segundo o secretário de Segurança, Defesa Civil e Mobilidade Urbana, Marco Antonio Bellagamba, em Rio Claro foram registrados, até maio deste ano, 552 acidentes com vítima e 583 acidentes sem vítimas, incluindo aqueles acidentes registrados nas rodovias no entorno do município de Rio Claro.
“Quarenta e cinco por cento do total arrecadado são repassados ao Ministério da Saúde para custeio do atendimento médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito em todo o país. Outros 5% são repassados ao Ministério da Cidades, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes de trânsito. Os demais 50% são voltados para o pagamento das indenizações do seguro e reservas”, informou o secretário, que disse não possuir dados de acionamentos para recebimento do seguro.
Por Janaína Moro