A vítima, uma mulher de 32 anos, estava em sua residência, no Parque São Jorge, com os filhos de 12, seis e quatro anos, quando precisou acionar a Guarda Municipal informando que estaria sofrendo violência doméstica do ex-marido.
Segundo ela, estavam na casa quando foram surpreendidos pelo acusado, que escalou o muro da frente para ter acesso ao interior do imóvel. A vítima pediu para que o mesmo deixasse o local, já que contava com uma medida protetiva que impedia o ex de se aproximar, manter contato e frequentar lugares a uma distância de 200 metros de onde ela estivesse, conforme decisão Judicial, porém, o agressor teria descumprido a determinação que, quando expedida, constou que o homem deveria deixar o lar, levando seus objetos pessoais, não se aproximar, não manter qualquer tipo de comunicação com a vítima e nem frequentar lugares onde a mesma estivesse para preservar a integridade física e psicológica da mulher.
No instante que invadiu a casa, a vítima disse que chamaria a guarda, momento que o agressor a ameaçou dizendo “faz isso que eu te mato quando sair da cadeia”. A mulher não se intimidou e acionou os GCMs, que prenderam e levaram o acusado para a delegacia, onde foi recolhido à carceragem local e permanece à disposição da Justiça. Esta foi a segunda vez que o autor estava descumprindo a medida protetiva. Boletim de ocorrência foi registrado por descumprimento de medida protetiva de urgência, ameaça e violência doméstica.
Em matéria recente, o Diário trouxe número de pedidos de mulheres por medidas protetivas. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, somente de janeiro até abril deste ano foram quase 30 mil medidas protetivas concedidas no estado, que obrigam o agressor a respeitar as determinações.Em todo o estado, em 2017, o total de medidas que obrigam o agressor a cumprir as determinações de várias formas foi de 81.850. Em 2018, o número já está em 29.142 medidas concedidas. Já as medidas protetivas a ofendidas ou dependentes chegaram a 83.229.