A Medicina Transfusional é caracterizada por uma terapia intravenosa com sangue total ou hemocomponetes e hemoderivados, oferecendo benefícios aos animais doentes como aumento da capacidade de transporte de oxigênio, melhora quanto à hemostasia (equilíbrio das células), corrige a hipoproteinúria (baixa de proteínas) e hipovolemia (baixa quantidade de sangue), além de reposição de imunidade passiva em filhotes que não receberam o colostro.
Os principais casos em que a transfusão é recomendada são anemias profundas, cirurgias complexas, hemorragias, intoxicações, acidentes com animais peçonhentos (principalmente serpentes), patologias de coagulo e hipoproteinemias.
Algumas reações podem ocorrer aos animais receptores, incluindo coceira, náuseas, vômitos, aumento da frequência cardíaca, tremores, dificuldade na respiração e, em alguns casos, convulsões.
Os bancos de sangue veterinários podem ser empresas como clínicas, hospitais ou laboratórios, sendo estes responsáveis pela coleta e armazenamento do material até ser destinado ao receptor.
Para ser um cão doador, é necessário alguns requisitos mínimos, como pesar mais de 25 quilos, ter entre um e sete anos, ser dócil e que permita a manipulação, não estar prenhe, não ter doado entre dois e três meses anteriormente, não ter diagnóstico para quadros de convulsão, estar devidamente vacinado e vermifugado, não tomar medicamentos de uso contínuo, passar por exames físicos e exames laboratoriais negativos para Ehrlichia canis, Babesia canis, Dirofilaria imitis, Borreia burgdorferi, Brucella canis e Leishmania sp.
Nos exames laboratoriais, o animal deve apresentar hematócrito com mínimo de 40%, podendo ser realizado o exame complementar de compatibilidade entre o doador e receptor antes da transfusão, evitando, assim, efeitos tranfuncionais, sendo o volume médio de 16ml|kg de sangue.
Para ser um gato doador, é necessário alguns requisitos mínimos, como pesar, no mínimo, 4 quilos, ter entre um a sete anos, ser dócil e que permita a manipulação, não estar prenhe, não ter doado entre dois e três meses anteriormente, não ter diagnóstico para quadros de convulsão, estar devidamente vacinado e vermifugado, não tomar medicamentos de uso contínuo, passar por exames físicos e exames laboratoriais negativos para o vírus da Imunodeficiência Felina (FIV), vírus da Leucemia Felina (FELV) e Mycoplasma sp.
Nos exames laboratoriais, o animal deve apresentar hematócrito com mínimo de 40%, sendo o volume médio de 12ml|kg de sangue. Confira a parte dois deste artigo na semana que vem!
Colaboração: Dra. Thais Bregadioli D’Ávila – Clínica Veterinária Bicho Solto. Rua 3, nº51, Cidade Jardim.
Telefone: 3617-1355.