Ao mesmo tempo que muitas dúvidas ainda cercam a renovação do contrato de Hamilton com a Mercedes, o piloto britânico refletiu sobre a temporada em que garantiu seu sétimo título mundial e intensificou a luta contra a discriminação, dentro e fora da Fórmula 1.
Em declarações ao italiano La Gazzetta Dello Sport, Hamilton afirmou que ver Ayrton Senna correr quando ele era jovem, o convenceu a se tornar um piloto de corridas. Isso não apenas por causa das proezas de Senna nas corridas, mas também por causa da maneira como Senna se relacionava com o sistema geral do automobilismo. Hamilton aprecia “a maneira como Senna pilotava, as cores de seu capacete, a paixão com que falava, e suas vitórias”, disse ele.
Falando sobre sua juventude, Hamilton continuou: “Eu disse a mim mesmo: ‘Quero me tornar um piloto como ele e chegar à F1‘. Eu gostava de carros e considerava esse o trabalho mais bonito do mundo.”
Como Hamilton, Senna também teve seus desentendimentos com as instituições e autoridades do automobilismo. Embora Hamilton tenha sido prejudicado de outras formas e por outros motivos, principalmente por sua atitude aberta e convicções políticas, ele se reconhece na figura inabalável de Senna: “Ele enfrentou sozinho um sistema que nem sempre foi gentil com ele, algo que eu também experimentei na minha carreira, embora por razões diferentes”, finalizou.
Por E. Cortez / Foto: Instagram