“Gostosuras ou travessuras?”. A frase, amplamente repetida por personagens de desenhos animados ou filmes da “Sessão da Tarde” norte-americanos, parece distante da realidade brasileira. A verdade é que o Halloween é muito mais representativo nos Estados Unidos do que no Brasil, entretanto, devido à globalização e congraçamento de culturas, a data ganha espaço no calendário de muitos lugares do globo.
Por aqui, a tradição de bater de porta em porta pedindo guloseimas ainda não é costume, mas festas utilizando os temas e fantasias tornaram-se prática corrente. Em sua maioria, produzidas por escolas de inglês, as festas de Dia das Bruxas – como são conhecidas – movimentam o comércio e agitam o feriado.
A professora de inglês, Eliana Ferreira Ventura, da Escola Ventura Language Center, afirma que trabalhar o Halloween com os alunos é importante para trazer um pouco da cultura do exterior para dentro da sala de aula. “Toda vez que você se identifica com algo, ou a partir do momento que um conteúdo se torna claro, a aprendizagem se torna mais gostosa e natural”, destaca.
Apesar de diversas escolas trabalharem o tema e isso, de certa forma, influenciar na cultura brasileira, a professora acredita que não é possível adaptar 100% o costume estrangeiro, pois não faz parte da nossa cultura. “Seria como se alguém quisesse incorporar o nosso Carnaval na cultura deles, acho que não combina”.
A data
A professora Eliana explica que o Dia das Bruxas, ou Halloween, é comemorado no dia 31 de outubro, véspera do dia de todos os santos. A história surgiu entre o povo Celta, que acreditava que nesse dia os espíritos voltavam à Terra para possuir o corpo dos vivos, as pessoas, então, colocavam objetos assustadores, como caveiras, abóboras enfeitadas, entre outros, em casa para afastar tais espíritos. “Atualmente, todas as crianças se fantasiam e vão às ruas pedindo doces ou travessuras (trick or treat), as pessoas enfeitam suas casas e existem várias brincadeiras típicas”, esclarece.