Não existe dúvida que a crise que vivemos no país é altamente preocupante e traz prejuízos enormes para a nação.
Empresas, de um modo geral, estão buscando de todas as formas alternativas que permitam a sobrevivência e a manutenção no mercado, ainda que o futuro se desenhe muito incerto.
Em contrapartida, é possível verificar organizações em franco crescimento e desenvolvimento, apesar de todas as dificuldades. São empresas que adotaram as premissas de um sistema de gestão cuja essência está em garantir a otimização dos custos através de processos sob efetivo controle e de um relacionamento objetivo com o cliente.
Pode parecer algo tirado dos livros, que somente dá certo na teoria e, como dizem por aí, “na teoria, a prática é outra”. Mas não é bem assim. Estou falando de algo exequível e viável do ponto de vista de trazer os melhores resultados.
O sistema de gestão pela qualidade a que me refiro e que tenho implementado em muitas empresas, leva em conta fundamentalmente o “fazer certo da primeira vez”. A eliminação do desperdício é, portanto, algo que deve ser buscado incansavelmente, ainda mais no cenário de crise como o que estamos vivendo.
Mas esse fundamento não tem um fim em si mesmo, pelo contrário, seu escopo se desdobra em, pelo menos, três pontos fundamentais. O primeiro, é a padronização dos processos. O segundo, é o controle dos custos e, o terceiro, a medição do resultado.
Ainda que necessariamente não ocorram nessa ordem, quando a organização, através da sua liderança, os coloca em prática atuando como “avalistas” do processo através de sua postura e exemplo, é possível verificar uma mudança significativa no resultado obtido.
A padronização dos processos, além de possibilitar uma referência comparativa de excelência, é a base para conquistar ganhos de escala pelo uso adequado dos recursos em cada fase ou etapa da cadeia de valor.
Já o controle dos custos permite maior flexibilidade, quer seja na gestão de preços, quer seja nas estratégias concorrenciais e, ainda – e principalmente -, para os ganhos de competitividade.
Por fim, na medida em que a empresa adota indicadores de medição do resultado fidedignos, sua possibilidade de atuar na solução efetiva dos problemas é aumentada consideravelmente, uma vez que o “achismo” dá lugar à tomada de decisão com base em fatos e dados reais.
A implementação de uma gestão com base nessas premissas conduz a empresa a entender, de fato, sua realidade e a buscar soluções efetivas de sobrevivência.
Trata-se ainda de um modelo de gestão importante para substituir a justificativa inconsistente do pensamento negativo por ações práticas de transformação das dificuldades e desafios em oportunidades concretas de melhoria.
A adoção de uma gestão pela qualidade tem sido um fator determinante para que muitas empresas estejam ganhando tanto em produtividade, quanto em competitividade no mercado, apesar do fenômeno da crise. Até…
Por Prof. Moacir Martins Jr.