O samba da Cidade Azul ficou mais triste nessa segunda-feira (23), com a morte de um dos baluartes do Carnaval rio-clarense, Celso Augusto.Um dos fundadores da escola de samba Grasifs – Voz do Morro, Celso tinha 83 anos, ele deixa viúva Conceição Bebiano Augusto e os filhos: Ademilson, Adilson, Angela, Rosangela, Crenilce, Crecilda, vários netos e bisnetos. Ele foi sepultado nessa segunda-feira (23), no Cemitério São João Batista.
Janaína, porta-bandeira e diretora de Carnaval da Grasifs, destaca que Celso era “uma pessoa muito dócil, humilde, encantadora e de forte resistência”. Para ela, a figura de Celso vai deixar saudades. “Assim como a maioria de nossos Baluartes são do tempo do ‘Samba sem grana e sem glórias’ como se diz na música de Jorge Aragão, mas que nos deixa um grande legado de talento e de respeito às pessoas, a família e a comunidade.
Em uma de suas últimas falas num evento na Escola ele disse: ‘Não deixem o samba morrer, cuidem de tudo isso aqui..’ e daqui pra frente sem essas pérolas vai ficando mais difícil. Que Deus o receba de braços abertos”.
Maria Teresa Arruda Campos lembra que Celso era muito orgulhoso da família que tinha. “Conheci o Celso por meio de minha amizade com Durval Augusto, seu irmão.
Em 1974 quando fui para capital para estudar, o Durval foi um grande amigo que me levava para os sambas, especialmente no Lauzane Paulista. Tempos de ditadura onde o samba não era bem visto. Fui conhecer o Celso mais tarde, quando voltei para Rio Claro.
O Celso também não morava aqui, e quando veio, Durval integrou ele na roda. Durval sempre foi mais tímido, mas foi um parceiro muito presente. Também foi um pai muito coruja, gostava de me contar sobre os filhos. Tinha muito orgulho de sua família” relata.