Na última quinta-feira (27), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Delivery e cumpriu mandado de busca e apreensão no Fórum de Rio Claro.
As investigações decorrem de elementos obtidos na Operação Fumaça, que levou à apresentação de acusação formal contra advogados, delegado de polícia, investigador e empresários por práticas de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Todos são acusados de exigir de suas vítimas, entre elas uma idosa com quase 70 anos, valores que eram entregues para advogados e consultores integrantes da organização criminosa. Como forma de atemorizar as vítimas, os membros da organização exibiam notícias de operações do Gaeco e mandados de prisões falsos, exigindo o pagamento de quantias milionárias para evitar os cumprimentos.
Os advogados e consultores integrantes do bando informavam que poderiam intervir junto a autoridades públicas do sistema de Justiça penal para resolver as pendências criminais das vítimas.
Desta vez, a investigação apurou que um servidor do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, lotado em Rio Claro, repassava informações e documentos a um dos integrantes do grupo criminoso. Os dados eram obtidos por ele em razão do exercício funcional, em troca de vantagens econômicas.
Operação Fumaça
No dia 5 de dezembro do ano passado, o Gaeco deflagrou a Operação Fumaça com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava extorsão, corrupção passiva e concussão, dentre outros crimes.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva em face de advogados, empresários e executivos, e três mandados de condução coercitiva, dois deles contra agentes públicos. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio Claro, Piracicaba, Itu, Piraju, Avaré e São Paulo.