Passados mais de 290 dias do governo Jair Bolsonaro, reinam dúvidas ou incertezas do que virá pela frente. É como uma caixinha de surpresas que, ao abri-la, poderão ter coisas boas como algumas que não vêm ao encontro do desejo de toda a população brasileira.
É evidente que todos esperam um país crescendo e se desenvolvendo em todos os ângulos de progresso, porém, satisfazer a gregos e troyanos, entendemos ser uma missão difícil, não somente a esse governo como a outros que irão sucedê-lo, já que a demanda se constitui de inúmeros problemas; alguns fáceis de uma solução plausível, outros, de difícil desempenho.
Há de se ressaltar nesta oportunidade que Bolsonaro acabou expondo conflitos com a liderança do PSL, razão pela qual o presidente poderá deixar o partido e se filiar a outro, o que não deixa de ser uma expectativa e que irá chamar a atenção de todos que estão atentos à mídia, diante desse comportamento do presidente da República.
É evidente também salientar que o partido (PSL), de acordo com que pudemos apurar, é o que mais recebe recursos do fundo partidário e também disporá de parcela significativa de dinheiro e tempo de TV nas eleições municipais de 2.020. Além disso, os deputados que irão deixar o partido precisarão defender sua posição na justiça e, além desse fato, o entendimento atual é de que o mandato pertence ao partido.
Sequência de conflitos é que não deixará de existir durante a trajetória desse governo. Uma delas, por exemplo, foi a indignação tempos atrás em decorrência da nomeação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, tanto é que há mais de dois meses e meio 280 mil pessoas optaram pelo “não” a essa iniciativa de Eduardo Bolsonaro ser o representante do país junto ao governo norte-americano.
É certo que, na opinião de muitos, nunca na história do Brasil democrático, ocorreu uma indicação tão absurda, porém, no desejo do presidente da República, tantas são as personalidades cultas e preparadas intelectualmente para uma missão de tamanha envergadura para representar o país, seja lá em qualquer das nações que compreendem o universo terrestre.
Referida nomeação, caso seja colocada em prática novamente, precisa passar pela aprovação do Senado com maioria simples, o que totaliza 41 votos a favor. Antes disso, o candidato será submetido a sabatinas dos senadores na Comissão de Relações Exteriores, o caminho mais viável e dentro da lógica, para que o Brasil seja condignamente representado por um diplomata que reúna condições satisfatórias para essa missão.
A nomeação do atual deputado, vindo à tona para a embaixada mais importante do Brasil, é criticada por diplomatas especializados em relações internacionais e por 70% dos brasileiros, conforme mostrou pesquisa divulgada pelo Datafolha no mês passado. A controvérsia é baseada em dois pontos: o fato de Eduardo ser filho do presidente e não ter as qualificações determinadas pela análise dos integrantes de missões diplomáticas e que abre uma discussão sobre nepotismo.
A conclusão é de que as políticas socioambientais brasileiras, construídas em 40 anos de avanço e reconhecidas internacionalmente, foram colocadas em choque, à vista dos interesses econômicos da exploração da nossa floresta, entre eles, o famoso comércio clandestino de madeira que, apesar dos esforços do Ministério competente, tendo como titular das pasta Ricardo Salles, visando a extinção desse grande mal, medidas mais enérgicas devam ser colocadas em prática com toda a sua eficácia.