O ex-jogador francês que brilhou na seleção do seu país, leva seus meninos à disputa da medalha de ouro das Olímpiadas 2024.
Não foi fácil a caminhada de Henry até a conquista, no mínimo, de uma medalha de prata. Henry nunca teve um relacionamento muito amigável com torcida e imprensa, mas em uma entrevista coletiva nesta última quinta-feira (08), mostrou toda a emoção de Thierry pela conquista de momento.
Henry que levou uma jovem (na Olimpíada a idade máxima é de 23 anos) seleção francesa a uma final olímpica falou por 40 minutos com a imprensa,”sobre seu país, seu patriotismo e sobre a bela caminhada de sua equipe, até chegar no Parc des Princes, em jogo contra a Espanha”, escreveu o Jornal Inglês Daily Mail.
“Normalmente não entro em extremos, mas estou vivendo um sonho, de verdade, e será difícil acordar”, disse ele, refletindo sua sensação de que essas Olimpíadas estão, pelo menos por um tempo, salvando as divisões raciais que marcaram a política francesa no início do verão”, escreveu o Daily Mail.
“Não sei como dizer isso… Quando colocamos nossas mentes nisso, ninguém pode nos parar. Precisávamos disso depois do que aconteceu antes das Olimpíadas começarem. Quando nos unimos, somos um país lindo”.
Roda nas redes sociais, um vídeo de Henry, fazendo uns passos de dança, e sendo filmado pelos seus jogadores, logo após a partida semifinal, com uma vitória sobre o Egito. E o público do futebol, com este vídeo, talvez possa olhar com um pouco mais de cordialidade para Henry, que tem demonstrado um paternalismo e uma cordialidade muito comovente para com seus comandados.
Histórico
O futebol olímpico autoriza a inclusão de três jogadores acima dos 23 anos e Henry esperava contar com Kylian Mbappe, Antoine Griezmann ou Olivier Giroud entre eles. Mas, foi-lhe negado. Esperava contar com estrelas sub-23, como Eduardo Camavinga, do Real Madrid e Leny Yoro do Manchester United, também lhe negado.
Estas negativas fizeram com que as primeiras apresentações da seleção francesa não fossem nada convincentes.
Mas, nem por isso o otimismo de Henry foi embora e jogou todo sua energia positiva para cima dos seus comandados.
“O que pode ser seu veneno às vezes pode ser seu remédio”, ele disse, quando perguntado sobre como era lidar com esses jovens. “Esses caras fazem coisas que não deveriam fazer no final dos jogos — não manter as bolas na bandeirinha de escanteio — mas eles também farão algo, porque você é jovem e isso significa que está aprendendo. Eles estão me reeducando, me ensinando que às vezes preciso deixar ir. Esses caras fazem coisas que você não deveria fazer e funciona e então você pensa: “Isso funciona?”.
Entre eles estão Alexandre Lacazette, ex-atacante do Arsenal, agora no Marselha, e Michael Olise, que deixou o Crystal Palace para ir para o Bayern de Munique neste verão e marcou um gol e deu uma assistência na virada do time para vencer o Egito por 3 a 1.
Até o fechamento desta matéria, não tínhamos o resultado da final do futebol masculino nas Olímpiadas 2024. Mas, do que serviria este resultado, para a história de Thierry Henry no comando da seleção olímpica francesa? Será que a cor da medalha poderia desmerecer esta história?
Por Eduardo Sócrates Bergamaschi / Foto: Daily Mail