Os funcionários terceirizados que fazem a limpeza do Fórum de Rio Claro entraram em greve nesta segunda-feira (16). Segundo eles, a empresa terceirizada contratada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e que atende diversas comarcas paulistas, fechou as portas sem dar satisfações e sem pagar os salários de julho e agosto, entre outros benefícios.
Em Rio Claro, a equipe de limpeza conta com 25 funcionários e somente 30% estão em operação diária. A mesma empresa presta serviços nas comarcas de Limeira, Piracicaba, Leme, Pirassununga, Araras, Porto Ferreira, Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, entre outros municípios. A suspeita dos funcionários é que a empresa faliu porque “sumiu” sem dar explicações. No entanto, a falência ainda não foi confirmada.
Em Limeira são 21 trabalhadores que cruzaram os braços e fizeram manifestação em frente ao fórum da cidade nesta segunda-feira (16). Munidos de cartazes, eles cobraram o pagamento dos atrasados e a solução imediata do problema. Em Rio Claro, a paralisação foi confirmada, mas não houve manifestação pública.
O contrato atual da empresa terceirizada está em vigor há pouco mais de dois anos. Conforme informações do portal da transparência do TJ-SP, o contrato do tribunal com a Prime Facilities e Conservação Ltda. tem vigência de 17/01/2022 a 16/01/2027.
Ainda de acordo com o portal, o valor inicial é de R$ 17.799.864,10 e o valor com aditivos é de R$ 26.563.846,72. O objeto do contrato é a “prestação de serviços de limpeza predial, incluindo algumas funções de copa para os prédios que abrigam os Fóruns das Comarcas da 4ª Região Administrativa Judiciária”.
O diretor do Fórum de Rio Claro, juiz, Cláudio Pavão, informou “o TJSP já está ciente e adotando as medidas para regularização da situação, de forma a impedir que haja prejuízo aos trabalhadores e ao serviço público judiciário”. De acordo com ele, a expectativa é que a situação seja resolvida em breve. “O TJSP irá usar o dinheiro da caução do contrato para pagar diretamente os funcionários”, disse.
A reportagem procurou o Tribunal de Justiça e Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Trabalhadores na Limpeza Urbana e Áreas Verdes de Piracicaba e Região), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Por Ednéia Silva / Foto: Arquivo/DRC