Fome e miséria batem à porta das casas de diversas famílias no Brasil a tal ponto em que milhares de pessoas precisam da doação, principalmente de alimentos básicos, para que possam sobreviver e respirar este ar que todos nós respiramos.
Tem-se a impressão de que as pessoas estão vivendo a fase do desespero e, dessa forma, muitos perderam o poder aquisitivo e não conseguem pagar suas contas, enquanto outros se encontram desempregados e na completa miséria. Miséria essa que se estende a todos os quadrantes da Pátria.
Toda essa situação é por falta de dinheiro, visto que, a arrecadação de impostos no Brasil bateu recordes, segundo a própria Secretaria da Receita Federal, mas sem nenhum direcionamento dessa receita que vise algumas formas para contemporizar a situação da pobreza e que já atingiu o patamar máximo.
Enquanto permanece essa situação, moradores de rua de São Paulo passam de 60 mil pessoas no estágio da amargura sem ter onde morar e sem ter o que comer, acrescentando a essa situação o fato de que a pobreza e a extrema pobreza continuam a crescer, dia após dia, durante o governo Bolsonaro, o que vem a caracterizar uma realidade das mais deprimentes.
As características e a distribuição da população em situação de pobreza se constituem no mais alto grau e chamam a atenção, tanto é que os negros e pardos, por exemplo, correspondem a 72,7% dos que estão dentro desse contexto dos mais sofríveis que se possa imaginar.
Dentre aqueles em situação de extrema pobreza, as mulheres negras ou pardas formam o percentual de 38,1 milhões de pessoas nessas condições, o que vem representar uma situação jamais vista nos tempos atuais em comparação com os mais privilegiados e com a classe de alta renda de uma forma geral.
Há de se ressaltar com exclusividade o fato de que a distribuição geográfica da pobreza em sua totalidade em 2018 vivia na região nordeste. O Maranhão, por exemplo, é o estado campeão dessa tragédia, sendo que 53% dos cidadãos que habitam aquela unidade da Federação se encontram nessa linha e que é das mais lamentáveis.
A pobreza, na sua totalidade, tem efeitos negativos para a dignidade das pessoas e, no caso de crianças, a situação não é diferente, e a falta de nutrição suficiente, impede que essas crianças tenham condição de aprendizado nas escolas que frequentam.
São crianças em um ambiente de privação e em certas situações com o emprego da violência não conseguem crescer de uma forma normal, estudar e trabalhar, o que dificulta a formação adulta de uma maneira digna, perpetuando o ciclo das dificuldades, que desde há muito atingiu o pedestal máximo nessas condições.
Com o Auxílio Brasil de R$ 400,00 proposto pelo parlamento não será o suficiente para contornar a pobreza em foco, já que o custo de vida se eleva de uma forma assustadora. Dentre os valores que mais se elevam, há de se fazer alusão ao combustível, este fenômeno que vem corroendo o bolso do consumidor, mesmo da classe mais privilegiada com um salário de aproximadamente 3 mil reais ou um pouco mais.
É evidente que a fome não acontece somente no Brasil, na comparação com os países pobres do universo, entre eles, algumas nações africanas e mesmo aqui na América Latina, onde tivemos como exemplo a Venezuela com milhares de pessoas procurando agasalho em nosso país, mas cada nação deve cuidar de si, deixando de lado o que se passa em outros países.
Dessa forma caminha o Brasil com pouca esperança de que o futuro possa amenizar o sofrimento dos mais necessitados, na expectativa de que em 2022 os homens que estão à frente do governo atentem para as situações mais graves e prioritárias.