O mundo, de uma forma geral, enfrenta mudanças sem precedentes e que estão trazendo a incerteza para as empresas e para os profissionais. Uma sociedade em crise, modifica substancialmente seu modo de viver e sua forma de fazer negócios.
Seja no aspecto econômico, social, moral ou ético nesse momento é necessário que as ações e estratégias sejam repensadas, no âmbito empresarial, para a manutenção dos negócios.
Em momentos de crise, a gestão deve ter em mente, que a consolidação de ações que mantenham o negócio vivo deve ser uma preocupação eminente. Nenhuma crise é eterna e, portanto, a incerteza desses tempos também deverá passar.
Para o gestor de crise, dois aspectos estão intimamente ligados e devem fazer parte de suas ações de contingenciamento: a manutenção do negócio sem perder a visão de futuro.
Esse deve ser o foco das empresas e que precisa permear seu dia a dia. A manutenção do negócio, é óbvia, mas não perder de vista a visão de futuro é fundamento para a perenidade.
Em momentos de crise estar atento ao mercado e a todo o ambiente que se insere a empresa é vital para buscar oportunidades. Contar com pessoas focadas e qualificadas para isso faz com que os ganhos sejam muito relevantes. Qualquer movimento no ambiente dos negócios pode trazer uma excelente vantagem se bem aproveitada.
Quando se trata de incerteza no ambiente dos negócios, a gestão sistêmica deve priorizar o nível de atividades para manutenção do negócio e ao mesmo tempo, desenvolver ações que possam prover uma retomada com agilidade e consistência.
As estratégias e suas ações precisam estar disseminadas por toda a empresa, respeitando os níveis de autoridade e responsabilidade, por cada uma delas, de modo a promover a contribuição com o máximo de eficácia.
O aspecto da contribuição, neste caso, é importante para que não haja sobreposição de atividades e de funções, uma vez que todo desperdício deve ser evitado. O cuidado em determinar quem faz, o que faz e como faz é determinante para passar pela incerteza gerada por uma crise. De uma forma geral três aspectos devem estar no foco das ações da gestão de crise:
1 – Estabelecer um plano.
É muito comum em momentos de crise, aperecer “os salvadores da pátria”. Mesmo que possam ser pessoas bem intencionadas, é preciso lembrar que a gestão de crises e suas incertezas necessitam de uma liderança no processo com conhecimento, qualificação e experiência para enfrentar seus deasfios e estabelecer estratégias eficazes.
2 – Elaborar um mapa de riscos
Os riscos envolvidos podem ser explícitos e, quase sempre, há os riscos “ocultos”, aqueles decorrentes do desencadeamento de situações que aparentemente apresentam certa normalidade. Esta é uma das situações mais complexas e das mais importantes e preocupantes, pois chegam em momentos em que a surpresa é sua principal característica. Além de atenção, os riscos ocultos significam perdas importantes e que muitas vezes levam ao colapso do negócio.
3 – Controlar os processos
A gestão dos processos, mesmo em situações de normalidade, são fundamentais para o sucesso de qualquer negócio. Em situações de incerteza estabelecer um controle efetivo dos processos é fundamental. Nessas situações o foco deve ser a otimização. Não basta, como muitas empresas adotam, enxugar a “máquina”; é preciso, nestes casos, ter o entendimento de que a retomada acontecerá e será preciso estar preparado para isso.
As incertezas estão presentes e a crise pela qual estamos passando é real. Cabe aos líderes empresariais a atenção, o foco e a competência para estabelecer uma gestão capaz do enfrentamento necessários. Não há, neste momento, espaço para “depois eu cuido disso”!
Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações. Envie suas sugestões de temas para o prof. Moacir. Para contatos e esclarecimentos: moa@ prof-moacir.com.br / Viste: www.prof-moacir.com.br