A Floresta Estadual Edmundo Navarro (Feena) informou que ficará fechada nos próximos três dias. De hoje (21) até sexta-feira (23) o espaço não abrirá para o público, o fechamento se faz necessário para serviços de manejo que serão realizados. Conforme a Feena, a ação é prevista no Plano de Manejo da Floresta e tem por objetivo retirar árvores que estão mortas e/ou risco de queda, evitando que danifiquem a saúde geral das outras plantas, além de garantir a segurança do visitante, uma vez que grande parte está ao longo de trilhas percorridas.
“Para a segurança dos visitantes e da equipe que trabalha na Feena, durante os trabalhos de manejo de árvores caídas e em risco de queda, o manejo ocorrerá ao longo da Trilha das Sapucaias e no Uso-Público (próximo ao lago), portanto, a Floresta estará fechada”, destacou comunidade nas redes sociais.
A Feena, criada em 1909, foi residência de Edmundo Navarro de Andrade, que fez no local um centro de pesquisas sobre o eucalipto. Por isso, a maioria das árvores presentes são espécies exóticas, o que significa que foram plantadas, não pertencente à vegetação nativa regional, e é também por conta desse histórico que 90% das que estão mortas ainda em pé, em risco iminente de queda, são eucaliptos. Conforme informado desde o início do ano pela Fundação Florestal, a avaliação do risco de queda foi feita pelo Grupo de Planejamento, Acompanhamento, Gestão e Operação das Atividades Oriundas da Comercialização de Madeira e Resina da FF (GPAGO) com base em uma metodologia criada pela própria Fundação, utilizando a norma da ABNT NBR 16246-3 (Florestas urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas. Parte 3: Avaliação de riscos de árvores). No caso da Feena, foram avaliados dados como idade, o nível de inclinação, características da copa, altura, vulnerabilidade da localização, presença de formigueiros e pragas e exposição da raiz.
A madeira proveniente do corte, que eventualmente possa ser aproveitada comercialmente, será vendida por meio de licitação pública e todo o recurso obtido será utilizado para melhorias da própria Unidade de Conservação, com base em um acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo. Haverá, ainda, reposição por espécies nativas, sempre que possível no mesmo local, por meio de projetos de plantio específicos.
Por Redação DRC / Foto: Divulgação