A osteopatia é uma terapia manual para problemas articulares e de tecidos, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um sistema eficaz de prevenção à saúde. Além disso, a entidade recomenda a osteopatia às gestantes e bebês. No Brasil, desde 2017, a osteopatia faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) sendo oferecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Os benefícios da osteopatia para gestantes e bebê foram discutidos no programa Diário MA TV, que entrevistou na sexta-feira (13) a fisioterapeuta Diana Schlitter, osteopata pediátrica e em gestantes. De acordo com ela, a osteopatia é uma forma de tratamento que busca ver o ser humano como um todo e não apenas por partes, seguindo a filosofia de seu criador.
Essa terapia secular foi criada no século XIX pelo médico norte-americano Andrew Taylor Still (1828-1917), que acreditava que o corpo é capaz de se curar e que todas as partes do corpo devem trabalhar em harmonia para alcançar a saúde. Desde então, a osteopatia se difundiu mundo afora e chegou ao Brasil em 1986.
“A osteopatia foi criada há 150 anos e se desenvolveu passando para a frente os conhecimentos aprendidos pelo médico americano, principalmente baseados na anatomia do corpo. Quando a gente tem esse conhecimento anatômico, a gente consegue acessar essas áreas do corpo e melhorar qualquer questão clínica através do nosso próprio remédio interno”, explica Diana.
No caso das gestantes, o corpo sofre alterações durante a gestação e algumas mulheres não conseguem se adaptar tão facilmente, e a osteopatia pode ajudar nesse processo. “A gente entra com técnicas para restaurar a mobilidade de áreas que não estão se movimentando bem, trazendo de volta os movimentos de áreas que estão bloqueadas”, informa.
Conforme a médica, a maioria das queixas das gestantes é referente a dores pélvicas. A osteopata observa que a terapia pode ser realizada de forma pontual, sem necessidade de ser semanal, mas o importante é acompanhar a evolução da gestação. “A gente quer que o corpo vá se adaptando ao estímulo recebido, por isso a importância do acompanhamento”.
Além disso, o tratamento osteopático não é somente para o benefício da mãe, mas também para o bebê. Segundo Diana, no final da gestação pode haver restrição de espaço para movimentação dos bebês. “Muitas vezes a gente consegue ajudar devolvendo mobilidade para o corpo da mãe, e abrindo mais espaço no útero para o bebê se movimentar melhor, diminuindo as chances de problemas no parto”.
A osteopatia para bebês pode começar a qualquer momento, inclusive de forma preventiva, e os pais devem ficar atentos aos sinais que indicam possíveis problemas. A médica observa que a preferência do bebê por um lado é um sinal de alerta que deve ser investigado. A terapia, inclusive, pode ajudar a melhorar o sistema imunológico, além dos demais benefícios.
A osteopata Diana Schlitter pode ser encontrada na clínica Espaço Ciclos na Rua 3, nº 2.326, na Vila Operaria, e também pelo Instagram: @dianaosteopatia. A entrevista na íntegra pode ser assistida pelo link https://www.youtube.com/watch?v=7VIHkV9PyRk .
Por Ednéia Silva / Foto: Diário do Rio Claro