Você já observou uma pipa bem alta no ar? Perceba que embora esteja controlando o seu voo segurando a linha, é o vento que decide para o lado que a pipa irá, é a incerteza que aparece a cada momento, e aí que está a beleza desse lazer, semelhante à vida.
Quando você solta uma pipa e ela inicia sua jornada no azul do céu, com um vento estável, consegue encontrar um ponto de equilíbrio e você pensa que tudo está bem, até surpreender-se com uma rajada de vento mais forte e a pipa novamente perde o equilíbrio do voo e você também perde a sua tranquilidade.
Muita gente fica apegado ao passado, fica relembrando cenas, memórias que já se foram e que por certo dificultam curtir cada momento de sua vida. Jean Collins se expressou muito bem ao fazer sua pesquisa de como empresas com mais de cinquenta anos sobreviveram: “O bom é o inimigo do extraordinário”.
E por que não temos melhores coisas? Porque temos coisas boas e acostumamos com elas e não nos permitimos explorar outras coisas. Por que não nos inspiramos a uma vida melhor? Porque acostumamos a essa vida e nem sequer pensamos em outra melhor, impedindo o nosso crescimento, apegando-se ao que já é.
Quando a pessoa fica aprisionada ao passado, bloqueia automaticamente a chance de vivenciar algo a mais em sua vida. Quando você vai tomar uma decisão muito importante, acaba recorrendo às decisões que tomou no passado e observa esses eventos e circunstâncias que o impedirão de tomar boas decisões.
Alguém já disse: “Venda certeza e compre incerteza”. Porque isso se trata da vida, é como um ciclo. Paulo Coelho sabiamente comentou: “As relações terminam, os negócios acabam, as empresas fecham. Os empregos se perdem, ou seja, os ciclos se fecham. E se as pessoas não gostarem do final? Ah! Isso é outra coisa”. Precisamos aprender a dizer não, fechar o livro e depois abri-lo em uma página em branco, criando novas histórias de nossa vida.
Se você vive aprisionado ao passado, isso somente trará sofrimento e nostalgia, a “sofrência” que inspira muitos artistas e compositores, é sucesso porque a maioria das pessoas gosta de ouvir essas histórias. A origem do sofrimento é o apego, quando se perceber que está nesse estágio, “solte” e desapegue.
E se está preocupado com coisas do passado, já passou. E se já passou, onde elas estão? Na sua mente. O amor como antídoto pode suavizar o sofrimento e permitir-lhe encontrar novos caminhos menos acidentados,contornando suavemente as curvas e abrindo novas possibilidades de mudanças que agradavelmente poderão contemplá-las cada vez mais em sua vida. Pense nisso!