O feriado de 16 de junho tem um significado muito maior para os fiéis da igreja católica que participam de uma das principais celebrações. “A Solenidade de Corpus Christi surgiu em 1246, quando os féis rendem graças à Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor Jesus se dá a nós como alimento de Vida Eterna”, explica Pe. Renato Luís Andreatto, Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
Nesse dia, os fiéis manifestam a presença da Eucaristia pelas ruas de cidades do Brasil inteiro e em outros diversos países. “Recordando, fazendo a memória real e presente no que escreveu, Lucas em seu Evangelho (cf. Lc. 9,11-17), sobre a ação de Jesus que depois de ter falado do Reino de Deus às multidões e curado os que sofriam, multiplicando os cinco pães e os dois peixes para não despedir com fome tanta gente. Nessa perspectiva eucarística, o saciar uma multidão faminta pode também lembrar aos cristãos, a ordem de Jesus: “Fazei isto em memória de mim”. A preocupação com a fome que atormenta grande parte do mundo e o interesse em aliviá-la tornam-se elementos da Celebração Eucarística”, ressalta o padre.
Vivenciar e refletir sobre o verdadeiro significado, devem ir além da data e de como todos podem se ajudar fora das igrejas. “A celebração de Corpus Christi deve ainda nos fazer instrumentos e agentes de, não apenas dentro de nossas igrejas viver o Cristo Alimento, mas sermos comprometidos com o mundo, com as pessoas no testemunho da presença real de Jesus Eucarístico que recebemos nas Santas Missas que celebramos. É um comprometimento em levar Jesus ao Mundo. Que jamais nos esqueçamos, entretanto, de que a “fome dos homens” não é fome apenas de pão – embora o pão seja precisamente necessário – mas sobretudo, fome de Deus, fome de amor, partilha, solidariedade e compromisso fraterno”, Padre Renato recomenda a reflexão.
RIO CLARO
O dia de Corpus Christi tem celebração em Rio Claro nesta quinta-feira (16). Com a Santa Missa, às 16 horas, no Lago Azul, em seguida procissão até a Matriz Aparecida. Mas antes centenas de pessoas participam da confecção do tapete que engrandece a solenidade. E tudo começa bem cedo, por volta das 6 horas, quando todos se reúnem e se dedicam na produção. “São cerca de 350 pessoas. Não somente pessoas diretamente envolvidas através das pastorais, mas também, muitas que chegam e pedem se podem ajudar, até pessoas de Araras, Santa Gertrudes, Ipeúna acabam vindo e prestigiando esse momento”, agradece o Padre Renato.
A celebração será ainda mais especial após dois anos sem a realização por causa das restrições sanitárias que foram necessárias para impedir o avanço da Covid-19.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação