O ano de 2019 será um ano com ótimos fenômenos astronômicos.
Todos os meses poderemos observar um a olho desnudo, ou com o auxílio de pequenos aparelhos ópticos sob a miríade de estrelas. Esse modelo de observação é pilar para um aprendizado mais sólido, desatando das concepções alternativas sobre a Astronomia Essencial e Fundamental. Essa astronomia é de suma importância para a educação de nossos jovens nas escolas, adolescentes e adultos também, não havendo limite de idade, sabendo que o céu aberto será nosso laboratório de estudos e sempre estará ali para o entendimento.
Compreender os fenômenos que regem o sistema solar não são apenas uma situação de contemplação, e sim para com os efeitos de organização de nosso cotidiano, afinal, basta estudar o calendário atual que seguimos para saber que sua criação é fruto das observações de nossos antepassados. As leis da Mecânica Clássica Newtoniana e da Teoria da Relatividade de Einstein nos guiam pelos indispensáveis GPSes da vida contemporânea, afinal, o que seríamos hoje sem os satélites? Todos os meses de 2019, de janeiro a dezembro, teremos fenômenos relevantes.
Chuvas de meteoros, sendo algumas mais imponentes como Eta Aquarídeos, com uma taxa aproximada de 50 meteoros por hora, que acontece entre 19 de abril e 28 de maio; as Perseidas, com uma taxa entre 110 partículas por hora, que ocorre entre 17 de julho e 24 de agosto; e as Geminídeos, entre 4 a 17 de dezembro, com uma taxa de 140 meteoros por hora, mas é óbvio que essas taxas dependem de condições extras como tempo, poluição luminosa, local de observação e a busca correta do radiante para se observar a olho desnudo e outras chuvas mais tênues, que vão desde uma taxa de 3 meteoros por hora, como a Ursa Minorídeos, e a Aquarídeos do Sul, com uma taxa de 25 objetos por hora.
E, dentre os fenômenos mais interessantes, podemos destacar o eclipse total da Lua que ocorre no dia 21 de janeiro, à 1h41 da madrugada, o início da sua totalidade, que poderá ser visto integralmente no Brasil. Vale a pena se programar para observar. Em 2019 teremos cinco eclipses, três do Sol e dois da Lua. O mais interessante é o do dia 2 de julho, pois é um total do Sol, mas será visível no Chile, na Argentina e parte sul do Pacífico a sua totalidade no Brasil, apenas parcialmente no sul. Outro fenômeno que vale destaque será o Trânsito de Mercúrio em 11 de novembro, com o primeiro “contato” do planeta ao Sol às 9h35 (UTC -3) e o último às 15h04.
Este fenômeno só é visível com equipamentos especiais, você nunca deve observar o Sol sem os devidos equipamentos de segurança e sem o auxílio de um especialista, mas, sem dúvida, organizaremos a observação com segurança. Conjunções são também ótimas para se observar a vista desarmada, acontecerão várias durante o ano, destaque para o dia 3 de janeiro ao amanhecer, em que Júpiter e a Lua, em seu fino minguante, estarão “perto” (em conjunção) tendo o planeta Vênus muito brilhante também próximo dos dois corpos.