A temporada memorável da Fórmula 2 teve um número incomum de brasileiros. Depois de anos de presenças singulares ou até mesmo ausências completas, surgiu um trio no grid de 22 carros: Felipe Drugovich, Pedro Piquet e Guilherme Samaia. Nenhum com carreira particularmente brilhante até então, mas com potencial de ganhar fôlego em busca da F1. Um conseguiu: Drugovich superou todas as expectativas.
A jornada do trio começou em julho, no GP da Áustria. Drugovich pontuou logo na estreia e, com o grid invertido, partiu para uma vitória impensável na corrida de domingo. Já Piquet e Samaia nem pontuaram.
A vitória de Drugovich veio acompanhada da sensação de que seria necessário um pouco mais de tempo até pontuar com regularidade. Afinal, era um estreante com muito aprendizado pela frente. Que nada: nas oito corridas seguintes, Felipe surgiu na zona de pontos em quatro delas. Teve até mesmo pole-position, fruto de uma excelente classificação em Silverstone.
A temporada se encerrou com a corrida no anel externo. E que foi boa para os brasileiros: Drugovich voltou ao pódio na corrida principal, agora em terceiro, e Piquet surgiu em décimo, somando seu primeiro ponto em um sábado. Só Samaia que não conseguiu mudar nada e terminou o ano zerado.
Drugovich realmente fez parte. Não por acaso, já assinou com a forte UNI-Virtuosi e deixa de representar a MP na F2. O brasileiro já pode ser apontado como um possível candidato ao título 2021, assim como Ilott foi ao longo de 2020. O carro vai permitir isso, trazendo consigo uma pressão extra que terá de ser bem administrada.
Foto: F2