Um mapa interativo feito pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo aponta São Carlos, Rio Claro e outras 27 cidades da região como áreas de risco de transmissão da febre maculosa.
Na última semana, pelo menos quatro pessoas morreram da doença na região de Campinas. O município de Leme teve duas mortes pela doença no ano passado.
As cidades da região que aparecem no mapa são: Aguaí, Águas da Prata, Analândia, Araras, Brotas Caconde, Casa Branca, Conchal, Corumbataí, Descalvado, Divinolândia, Itirapina, Itobi, Leme Mococa, Pirassununga, Porto Ferreira Rio Claro, Santa Cruz da Conceição Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes Santa Rita do Passa Quatro, São Carlos São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo São Sebastião da Grama, Tambaú Tapiratiba e Vargem Grande do Sul.
Em nota, a pasta afirma que as cidades foram determinadas como áreas de risco de transmissão “a partir de rigorosas investigações de campo, avaliações acarológicas e mais uma série de medidas realizadas pelo Instituto Pasteur em conjunto com municípios”.
De acordo com o Ministério da Saúde, “a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável”, ou seja: há formas leves e formas graves, com elevada taxa de letalidade. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças que causam febre alta.
Mapa interativo
O mapa interativo abrange área de risco de transmissão de febre maculosa, porém, segundo a secretaria, isso não significa, necessariamente, que há casos confirmados ou em investigação no local naquele momento, mas sim que a presença do carrapato estrela já foi registrada na região.
Uma vez identificada é impossível eliminá-la, sendo adotadas todas as medidas necessárias para controle do vetor.
O objetivo do mapa de risco é alertar pessoas que vivem ou visitam aquele local sobre a possibilidade de contrair a doença e a necessidade de adotar medidas de proteção.
A doença
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença.
No interior do estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, em áreas mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda.
Os municípios de Campinas e Piracicaba (SP) são, atualmente, os dois que apresentam o maior número de casos registrados da doença.
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