A vulnerabilidade nas escolas preocupa pais, alunos, professores e comunidade.
Não é de hoje que responsáveis cobram mais segurança nas unidades tanto municipal, quanto estadual. Desta vez, um novo ato de vandalismo no Complexo Educacional do Jardim Novo I deixou pais indignados com a situação. Parte de uma grade que cerca o local e fica bem próxima da quadra poliesportiva foi retirada por vândalos.
Os pais relataram a indignação. Segundo eles, é só mais um fato registrado. “Falta segurança, uma das grades externas foi arrancada, facilitando o acesso de qualquer pessoa para o interior da escola. Não há monitoramento, não há segurança na guarita”, contou a fotógrafa Gy Gomez, que tem filhos adolescentes que estudam na Escola Estadual Professor Januário Sylvio Pezzotti.
Mas este não é o único problema. “Os alunos relatam que acontecem muitas brigas entre os estudantes dentro da escola, algumas bem preocupantes. A caixa d’água sempre vaza, os canos estão sempre com problema, tudo indica que são os vândalos que estragam, por conta disso, suspendem as aulas.
Enfim, a escola está desamparada e aberta a todo tipo de perigo, como tráfico de drogas, circulação de pessoas estranhas e etc.”, disse a mãe preocupada com os rumos.
Quanto às brigas, ela conta que os profissionais tentam disciplinar.
No Complexo funcionam ainda três escolas municipais. “Essa quadra é usada para a escola estadual e pelos outros dois núcleos de ensino municipal. É exatamente ao lado dessa quadra que foi retirada a grade. Afeta todas as unidades, mesmo que as outras tenham grade também. Mas até a grade da pré-escola estava destruída uns tempos atrás e vimos diversas pessoas estranhas dentro do pátio da pré-escola. É comum”, relatou a fotógrafa.
Após verificar que a grade havia sido retirada, a moradora tentou acionar algum segurança, mas constatou que não existe mais. “A guarita está sempre vazia, eu procurei chamar o segurança, já que a caixa d’agua também estava com vazamento, tentei chamar e não tinha ninguém tomando conta da escola”, disse a mulher que acredita que apenas um vigilante para o local não seria suficiente, e sim monitoramento 24 horas.
Em 2014, um vigilante do local foi morto a tiro na esquina da escola. Ele teria sido ameaçado dias antes, quando chamou a atenção de vândalos que teriam pulado o muro da quadra. O vigia deixou, além da esposa, três filhos pequenos.
RETORNO
O Diário do Rio Claro solicitou parecer da Secretaria Estadual de Educação que, por intermédio da Diretoria Regional de Ensino de Limeira, encaminhou nota afirmando que lamenta o ato de vandalismo do qual a Escola Estadual Januário Sylvio Pezzotti foi vítima. “A escola irá registrar o Boletim de Ocorrência, e já foi solicitada a reposição das grades arrancadas.
Nenhum material foi furtado dentro da unidade, e as aulas não foram prejudicadas. Cabe reiterar que a Secretaria da Educação do Estado possui parceria com a Ronda Escolar da Polícia Militar para policiamento no entorno das unidades”, enfatizou.
Por fim, ponderou que a escola conta com o vice-diretor, que desempenha o papel de mediador na resolução de conflitos e fomenta atividades de incentivo à cultura de paz.
O Centenário também contatou a Prefeitura de Rio Claro, que garantiu que não houve registro de problemas em nenhuma das três escolas municipais que funcionam no complexo educacional. Conforme a nota enviada à redação, as escolas da rede municipal de ensino contam com sistema de alarme. “Além disso, outras medidas de proteção estão sendo implementadas, como instalação de grades, construção de muros, instalação de concertinas, etc.”, asseverou
A Administração Municipal afirmou ainda que, no caso das escolas municipais do complexo, a prefeitura instalou portões individuais para cada unidade escolar para proporcionar maior segurança na entrada e saída dos alunos.