A realização do GP da Austrália de Fórmula 1 em 2021 está oficialmente adiada. A prova, prevista no calendário original da nova temporada para 21 de março, foi movida para exatos oito meses depois, em 21 de novembro, remetendo aos tempos em que o evento era realizado no fim do ano, até 1995.
Na esteira do adiamento da corrida em Melbourne, a Fórmula 1 anunciou que o GP do Bahrein vai ser o novo palco de abertura do campeonato no fim de semana de 26 a 28 de março. E Ímola está de volta ao calendário e será palco da segunda etapa de uma temporada 2021 que promete ser mexida outras vezes em razão dos efeitos da pandemia. O circuito italiano, contudo, carece de homologação por parte da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para receber a prova em 18 de abril.
O fato é que o segundo semestre da temporada, assim como foi em 2020, será uma enorme maratona para todos os envolvidos com a Fórmula 1. De 29 de agosto, com o GP da Bélgica, até 12 de dezembro, com a etapa em Abu Dhabi, o calendário reserva um total de 12 corridas num espaço de 16 semanas. Finais de semana livres? Os domingos em 19 de setembro, 17 de outubro, 14 e 28 de novembro.
Há uma lacuna no calendário em 2 de maio. O GP de Portugal, que empolgou no ano passado com o debute de Portimão no calendário da Fórmula 1, é cotado para ocupar a vaga uma semana antes da realização do GP da Espanha, que foi oficialmente confirmado depois que a organização da prova anunciou a renovação de contrato com a categoria para 2021.
Justiça suspende contrato de São Paulo para a realização da Fórmula 1
Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo, o juiz Emílio Migliano Neto suspendeu o contrato entre a Prefeitura de São Paulo e a empresa MC Brazil Motorsport Ltda. A empresa seria responsável pela realização do Grande Prêmio de Fórmula 1 no autódromo de Interlagos pelos próximos cincos anos. O valor acordado entre a gestão municipal e a promotora era de R$100 milhões, conforme divulgamos na edição anterior da coluna.
A decisão judicial para a suspensão do contrato foi fundamentada em dois pontos. O primeiro foi a ausência de licitação e o segundo foi sigilo imposto pela Prefeitura da capital paulista na documentação em questão.
Em seu despacho, Migliano Neto afirmou que os princípios de publicidade e transparência foram violados.
O juiz também disse que chamou a atenção a falta de licitação e lembrou que é proibida a realização de despesa sem prévio empenho. “Por também esse motivo há necessidade de se suspender a execução do contrato em questão, para se aferir se efetivamente havia recursos para cobertura das despesas com o convênio firmado”.
O magistrado deu cinco dias para a Prefeitura de São Paulo apresentar todos os documentos do processo. O acordo entre o município de São Paulo e a empresa MC Brazil Motorsport Ltda foi publicado no Diário Oficial na última terça-feira, dia 05. Na publicação, a gestão municipal informou que pagaria o valor de R$20 milhões, em parcelas anuais, ao longo de cinco anos de contrato. Com isso, a empresa MC Brazil Motorsport Ltda seria responsável pela realização do evento em Interlagos.
Por E. Cortez / Foto: Pirelli