O ex-chefe da Central de Compras do município, o advogado Valdemar Naidhig Neto, foi ouvido na Delegacia Seccional do município pela equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), na tarde dessa sexta-feira (18).
Segundo a advogada de defesa de Neto, Marcela Vitzel, ele continua preso até segunda-feira (21), quando se encerra o pedido de prisão temporária. “Fizemos um pedido de revogação temporária, pois não persistem motivos para manutenção. Mas devido ao recesso que inicia no sábado e por ser sexta-feira, creio que só teremos alguma resposta na segunda-feira, quando vence o prazo de cinco dias de prisão temporária”, esclareceu.
Sobre a detenção do ex-servidor público, Marcela explica que o mandado de prisão temporária foi pedido pelo Ministério Público que entendeu pela prisão. “Mas essa prisão é temporária para investigação, não significa nenhuma culpabilidade, nós entendemos que não existe necessidade para a prisão”, disse.
Acerca do depoimento, o ex-chefe do setor de compras alega ter cumprido tudo dentro da legalidade. “Ele afirma que a empresa que forneceu os EPI’s é idônea, preencheu todos os requisitos, apresentou toda documentação necessária e exigida pela legislação. E foi a vencedora, nenhum ato de irregularidade foi praticado. E tudo isso será provado ao longo do processo”, afirmou a advogada.
A Procuradoria-Geral de Justiça, com o apoio do GAECO (Núcleo Piracicaba) e da Polícia Civil, deflagrou na última quarta-feira (16) operação para cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão temporária em Rio Claro em face do ex-chefe da Central de Compras, diante de indícios dos crimes de associação criminosa, fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros.
As buscas se deram na residência do advogado e também em seu gabinete na Central de Compras de Rio Claro. A ação é decorrente das investigações iniciadas pelo Ministério Público de Contas que apontaram ilegalidades na compra de EPIs pelo município de Rio Claro, em razão da pandemia da Covid 19, num total de R$ 4 milhões.
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