Crianças e adolescentes têm preocupado os pais no contexto da pós-pandemia que estamos vivendo. Embora não sejam todos, o impacto da pandemia sobre a sua saúde mental deverá ser da mesma magnitude, talvez maior. A expectativa é que as consequências do isolamento social, da ameaça contra a vida e das perdas econômicas sobre a saúde mental da população representem uma “nova onda” da pandemia, com enormes custos sociais.
Mas por que devemos nos preocupar com crianças e adolescentes hoje? Os transtornos que surgem na infância e adolescência são relevantes para a sociedade porque afetam indivíduos normalmente saudáveis em plena fase produtiva e de desenvolvimento, com prejuízos cumulativos até a idade adulta. Os prejuízos mais frequentes são naquelas crianças mais vulneráveis. Ao antecipar as consequências sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, e entendendo como os transtornos mentais se instalam, podemos preveni-los.
Quando os estímulos que chegam ao cérebro da criança não são tão intensos, quando a criança tem um cérebro que processa adequadamente esses estímulos, e quando o estresse resultante é processado pelos pais e retransmitido de forma que gere aprendizado, provavelmente haverá o fortalecimento emocional dessa criança, um processo chamado de resiliência. No entanto, quando os estímulos que chegam ao cérebro das crianças são devastadores, quando o cérebro da criança não os processa adequadamente, ou quando os pais amplificam o estresse, haverá o que se chama de estresse tóxico e aí problemas emocionais ou comportamentais ou mesmo transtornos mentais podem se instalar. Para prevenir os transtornos mentais no contexto atual, é preciso atenuar as adversidades, acionar sistemas sociais de suporte, identificar precocemente os primeiros problemas e agir sobre eles, evitando que piorem.
Um estudo conduzido pela Kaiser Family Foundation nos EUA no final do mês de março de 2020 mostrou que 46% de adultos pais de crianças e adolescentes menores de 18 anos de idade sentem que a pandemia teve um impacto negativo sobre a sua saúde mental. Estes adultos precisarão do apoio dos familiares, da escola de seus filhos, acesso aos seus próprios tratamentos. Não será possível atenuar os efeitos da pandemia sobre muitas crianças e adolescentes, que irão desenvolver sintomas emocionais e comportamentais. Ansiedade, irritabilidade, tristeza, insônia, agitação, desesperança serão alguns deles. Nessas situações, será fundamental a identificação precoce. Crianças em maior risco devem ser monitoradas pela família, professores, profissionais da saúde.
Em Araras aconteceu um momento de apreciação com o Projeto Violão nas Escolas idealizado pelo Instituto Lumiarte, com o objetivo de divulgar o violão como instrumento solista e também a música erudita e instrumental, levando aos alunos e professores um programa de concerto de caráter didático, que por sua vez se torna um rico material para as disciplinas de arte e também um material complementar para outras disciplinas, além de fomentar o público. As apresentações exclusivas para os alunos com belos recitais aconteceram no dia 14 de dezembro, nos períodos da manhã e da tarde, e aconteceram na Escola Estadual Senador Cesar Lacerda de Vergueiro, localizada na Av. Padre Atílio, 748 – Jardim Belvedere, Araras – SP.