Eu Sou, Eu Faço!
►Tem uma poesia minha que tem um título, que por coincidência é a frase com que termina um de meus livros, Abrigo Limitado, que eu tive a oportunidade de escrever com mais dois amigos, que é: “Eu sou, eu faço!”
► E eu gosto muito porque ela tem por base o mesmo sentido da frase “Penso logo existo”, de René Descartes, porém com uma particularidade a mais, ela trata também de uma questão existencial, mas acima de tudo um ponto de vista, digamos, um tanto mais material, de você existir e poder fazer, não esperar acontecer, de ir atrás e fazer.
► E tem muita gente que só vive esperando acontecer; que em vez de acender uma vela, ela amaldiçoa a escuridão; que em vez de fazer alguma coisa, ela diz: “alguém precisa fazer alguma coisa”. Pessoas assim você vê que nunca tem nada, e se tu não tomar cuidado tu também não terás nada. Se distancie de gente assim! Vá você e faça!
► É um perigo gente assim, gente que não constrói a própria história. Eu acho que a gente deve, durante o curto período da vida, traçar caminhos para chegarmos ao nosso destino; mas para isso é preciso, acima de tudo, saber para onde se quer ir. Para quem não sabe seu destino, o caminho mais viável é vantagem; sendo que de nada mudaria o caminho, pois não se sabe para onde vai.
► Sabendo onde se quer chegar, ainda assim não temos clareza do caminho, mas temos um norte para que não fiquemos desnorteados. Desculpe o trocadilho. Fazendo referência a um poema do grande Carlos Drummond de Andrade, sempre haverá uma pedra no meio do caminho, assim como, fazendo referência ao grande cantor baiano Raul Seixas, sempre haverá uma mosca na sopa.
► Apesar das pedras no meio do caminho e das moscas na sopa, nós somos todos capazes de fazer, pois existimos para isso. Como uma página em branco, escrevemos nossa história com pequenos momentos de nossa existência.
► *Sabinadas é escrito por Kauhan Sabino, aluno, poeta e escritor, da escola Marciano de Toledo Piza, de Rio Claro SP. Autor de “Fazendeiro do Universo (Poemas e Reflexões)“
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