Os Óvnis (Objetos Voadores Não Identificados) sempre foram motivo de apreensão e curiosidade. A dúvida quanto à existência de vida extraterrestre é algo intrigante e que ecoa na mente humana há muito tempo. Muita gente vê referência a alienígenas em registros de antigas civilizações, e nossos olhares para o espaço sempre miraram encontrar alguma evidência de que não estamos sozinhos neste imenso universo.
Em Rio Claro são vários os registros e relatos ao longo dos anos sobre aparições de objetos e estranhos pontos luminosos no céu.
Em 1982, uma foto tirada pelo falecido fotógrafo Ovídio Zanelatto, gerou polêmica e especulações: o objeto que apareceu junto ao luminoso da extinta fábrica da Gurgel era verdadeiro ou apenas uma mancha que apareceu com a revelação do filme?
O registro foi mostrado no programa Fantástico, da Rede Globo, que na época encaminhou a foto para análise de um ex-aviador da Força Aérea da Suécia, que garantiu que era mesmo um disco-voador o objeto fotografado no céu de Rio Claro.
Aliás, a cidade, que coincidentemente comemora seu aniversário de fundação no mesmo Dia do Disco Voador (24 de junho), “tem várias histórias estranhas a serem contadas”, como destaca o paulistano Jenyberto Pizzotti, que morou durante sua infância e juventude na cidade e hoje reside em Montevidéu.
”Eu pesquiso, estudo e analiso os fenômenos ufológicos desde meus 13 anos, portanto, há mais de 50 anos”, ressalta, afirmando já ter observado, fotografado e filmado diversas aparições de Ovnis, a maioria em Rio Claro.
Entre as várias experiências, ele relata a mais importante que vivenciou, no final da década de 60, no Horto Florestal “Navarro de Andrade”.
“Creio que o ano era 1968, e desde 1965 (então com 13 anos de idade) eu convivia quase que diariamente com meus primos, filhos do irmão de minha mãe, José Alexandre Junior, que era dono de uma empresa de ônibus na cidade. Meu primo mais velho, José Luiz Alexandre (já falecido) sempre nos despertava o interesse – a mim e a meu outro primo, Antonio Carlos Alexandre -, sobre a ciência e assuntos de mistérios que nos fascinavam na época.
Então, dentro desse contexto, e um pouco antes, creio que em 1967, reunindo alguns bons amigos criei o “GABEC”, um grupo que se reunia toda semana para estudar assuntos como Astronomia, Astronáutica, e temas como Viagem no Tempo e assuntos pertinentes. Logo em seguida, vendo essa minha iniciativa, meu primo Zé Luiz criou o “GAPOVNI”, um dos primeiros grupos de Ufologia do Brasil. E foi assim que se iniciou minha experiência e estudo sistemático na Ufologia. E também foi assim, que junto com esse primo tão querido e que muito me ensinou e inspirou, que tive a oportunidade de vivenciar uma experiência ufológica muito interessante e que agora passo a descrever.”
Horto Florestal em Rio Claro
“No final da década de 60, o Horto Florestal em Rio Claro foi local de visitação de centenas de curiosos que realizavam ‘vigílias’ para observar ‘luzes’ que pareciam circular nessa área florestal, principalmente próximo às torres de retransmissão de sinais de televisão existentes ali. Os jovens da época, os garotos e garotas, com seus carros ali iam à noite para tentar observar e fotografar o fenômeno. As ‘luzes’ foram se tornando mais raras e o tempo e o desinteresse tornaram o local novamente deserto e sem movimento de pessoas. Meu primo e eu resolvemos então voltar ao local e tentar analisar o fenômeno de forma mais metódica.
Era uma noite clara, com muitas estrelas visíveis, e estávamos com alguns equipamentos, binóculos, telescópio, máquinas fotográficas etc. Lembro-me que entramos na Floresta por volta das 21 horas. Fizemos uma pequena parada próximo ao lago e, em seguida, dirigimos com o veículo para um lugar alto, próximo às torres de TV. Lembro-me que meu primo estacionou o veículo no alto, ao lado de uma espécie de ‘ribanceira’ ou ‘encosta’. O lado do motorista, onde meu primo estava dava para a encosta.
Ficamos nesse local creio uns 30 minutos observando o céu e todos dentro do veículo e aí aconteceu…Em determinado momento, sem fazer nenhum ruído ou som e sem provocar qualquer tipo de sensação térmica ou sonora, um objeto oval ou discoide, 3 ou 4 vezes maior que o veículo Kombi, ‘deslizou’ do fundo dessa ‘encosta’, e de forma suave e uniforme ‘passou por cima’ do nosso veículo. Emitia uma luz própria (não refletida) como a luz neon branca. Não me recordo de detalhes nesse objeto. Foi só o que vi.
Nos assustamos com essa aparição de poucos segundos. Não me recordo de nossas reações, mas creio que foi de surpresa e medo. Nada falamos nesse momento. Lembro-me de meu primo ligando o veículo e fomos para o centro da cidade, onde paramos no Jardim Público em frente ao Cine Excelsior. Foi só ali que conversamos rapidamente sobre o que vimos. Jamais voltamos a conversar sobre esse acontecimento entre nós. Além de nossa prova testemunhal, não existem evidências físicas (fotos, filmagens etc) e não tenho nenhuma ideia ou teoria sobre o que vimos, mas sei o que vi e jamais vou esquecer dessa aparição no Horto Florestal”, finaliza.
Fotos: Reprodução