É fato que leites vegetais e receitas com abacate, por exemplo, reinaram totalmente em 2018.
Mas com o ano novo já vigorando, também teremos uma nova safra de alimentos tendência. E, francamente, 2019 está se preparando para ser muito delicioso.
Embora a ideia de tendências alimentares possa parecer ridícula – nada é realmente novo, e comida é comida –, segui-las pode ser uma ótima maneira de variar sua dieta, experimentar coisas novas e manter uma alimentação saudável, interessante e divertida.
Tenha em mente: muitas dessas tendências destacam alimentos que têm sido populares em outras culturas por séculos. Eles podem ser novos para você, mas, definitivamente, já existiam em outros lugares muito antes do Instagram. Conheça dez dicas de alimentos que estarão na tendência deste ano.
1. A pasta de amendoim dará lugar à pasta de sementes
A pasta de amendoim é um clássico, e as de castanhas de amêndoa e caju têm sido atrativas durante anos. E, enquanto pastas de sementes como girassol e tahini não são novidade – na verdade, tahine tem sido um ingrediente básico na culinária do Oriente Médio por séculos – espere começar a vê-las em todos os lugares em 2019.
“Fique de olho nas pastas de sementes de girassol, abóbora e melancia, que compartilham o mesmo perfil de gordura das outras versões, mas podem oferecer uma alternativa para aqueles com alergias a nozes, por exemplo”, diz o relatório KIND 2019 Healthy Snacking Trend. Os especialistas já estão cientes da nova tendência. Contudo, Miho Hatanaka, nutricionista nos Estados Unidos, recomenda evitar marcas com adição de açúcar. Em vez disso, opte por aquelas feitas apenas com sementes e sal marinho.
2. Comidas “feias” vão brilhar
Empresas de alimentos há muito tempo têm o hábito de destruir ingredientes que não são bonitos o suficiente para vender. Contudo, os consumidores conscientes estão pegando fogo. A batalha contra o desperdício de alimentos não é nova. A campanha wasteW, do chef Dan Barber, por exemplo, incentiva o uso de restos de comida e produtos “feios” em restaurantes. Contudo, ela ganhará ainda mais força em 2019.
3. Harissa estará em todas as despensas
Não há necessidade de se livrar do tempero de aves e do cominho moído. Contudo, é bom já criar espaço na despensa para temperos como harissa, dukkah e ras el hanout. Todos eles são muito utilizados na culinária africana.
Harissa é uma pasta levemente picante feita com pimenta vermelha, tomate, pimentão e algumas outras especiarias – pode ser uma substituta do extrato de tomate em quase todas as receitas, além de ter um impacto nutricional similar.
4. Açúcar adicionado terá outro demérito
Os fabricantes não precisam, tecnicamente, listar os açúcares separadamente dos açúcares naturais nas embalagens até janeiro de 2020, de acordo com a FDA. Mas a KIND prevê que você verá a linha de “adição de açúcar” na maioria das etiquetas nutricionais no próximo ano.
Especialistas são totalmente a favor disso. “Açúcares naturais de frutas e vegetais vêm com fibra, o que retarda a digestão e fornece energia estável sem um pico de açúcar no sangue”, explica Germaine Guy, nutricionista nos Estados Unidos. Da mesma forma, os açúcares encontrados em laticínios vêm embalados com proteínas e gorduras satisfatórias. Açúcares adicionados (como de cana e xarope de milho) não adicionam valor nutricional, e é por isso que as diretrizes dietéticas do USDA recomendam limitá-los a menos de 10% do total de calorias diárias.
Dito isso, não há necessidade de enlouquecer totalmente e eliminar todo o açúcar – doces são ótimos com moderação!
5. A água de coco terá concorrência
Durante anos, a água de coco foi comercializada como ótimo hidratante, cura para ressaca e alternativa à água comum. Em 2019, procure outras águas alternativas para assumir o controle da bebida. O Healthy Snacks Trend Report KIND destaca dois em especial: “água de bordo, que contém menos da metade do açúcar da água de coco, assim como a água do cacto, que é promovida para a revitalização da pele”.
Enquanto essas águas levemente doces não vão te prejudicar, a Academy of Nutrition Dietetics diz ser cautelosa com suas alegações. Essas bebidas não têm mais poder hidratante do que a água natural, além de terem açúcar sem fibra. Portanto, beber demais pode levar a um pico de açúcar no sangue.
6. Vitaminas e suplementos estão de saída
Embora estejamos mais obcecados com o bem-estar do que nunca, o relatório de tendências do KIND prevê que as vitaminas e os suplementos processados devem estar de saída. Em vez disso, estamos mudando para um foco mais aguçado em atender às necessidades nutricionais com alimentos integrais.
Isso não é novo. As diretrizes dietéticas do USDA afirmam claramente que “as necessidades nutricionais devem ser atendidas principalmente por alimentos”, e a Academy of Nutrition and Dietetics aconselha a atender às necessidades nutricionais com uma dieta mais variada possível, em vez de depender de vitaminas e suplementos caros.
7. Os probióticos estarão nas prateleiras, não apenas na sua geladeira
As pesquisas sobre a saúde intestinal estão crescendo em grande parte porque os cientistas estão esperançosos de que uma melhor compreensão do microbioma humano possa levar à melhoria da saúde pública. Durante anos, os probióticos foram apontados como uma ótima maneira de aumentar as bactérias saudáveis no intestino – alimentos fermentados como iogurte, além de pílulas refrigeradas e fórmulas têm sido o método de entrega para essas bactérias.
Para 2019, espere probióticos em produtos de prateleira. “As marcas focadas no bem-estar estão facilitando a obtenção de mais probióticos, adicionando ingredientes funcionais aos produtos básicos como granola, aveia, manteigas, sopas e barras nutricionais”, diz o último relatório de tendências de 2019 da Whole Foods.
Embora provavelmente não haja nada de errado com flocos de milho enriquecidos com probióticos, a ciência ainda está nos estágios iniciais, e realmente não há como ter certeza de que você está recebendo mesmo as bactérias saudáveis com esses alimentos.
Procure rótulos que digam “culturas vivas e ativas”, orienta Bonnie Taub-Dix, nutricionista nos Estados Unidos. Isso significa que há, pelo menos, 100 milhões de bactérias por grama.
8. A jaca será o novo substituto de carne
“A jaca é uma alternativa popular à carne, já sendo usada no lugar de itens como carne de porco desfiada de churrasco”, de acordo com o relatório da Whole Foods. A fruta é nativa do sudeste da Ásia e também é cultivada em partes da África e da América do Sul. Os americanos a usam como substituto da carne há alguns anos (graças a uma textura fibrosa que imita carne de porco ou carne bovina), mas 2019 será o ano em que a jaca puxada realmente decola.
“A jaca é uma boa fonte de ferro, cálcio e vitaminas do complexo B, e usá-la como um substituto para a carne ajuda a reduzir calorias e gordura saturada de sua dieta”, diz Taub-Dix. “No entanto, deve-se notar que a jaca tem um teor de proteína muito menor em comparação com carne. São 2,8 gramas por porção contra cerca de 21 gramas, bem como 31 gramas de açúcar por xícara.”
9. Sua cesta de frutas terá uma pegada tropical
Cansada de açaí? Você pode estar com sorte. A Whole Foods está prevendo que frutas tropicais como goiaba, pitaya, carambola e maracujá serão o centro das atenções em 2019.
Se você está cansado da sua maçã, troque por uma dessas frutas tropicais de vez em quando. “Frutas diferentes têm perfis nutricionais ligeiramente diferentes, mas todas são ricas em fibras, vitaminas e carboidratos saudáveis”, explica Keri Gans, nutricionista e autora de The Small Change Diet (EUA).
10. Substitutos de carne serão seu lanche
De acordo com o relatório da Whole Foods, lanches como crepes à base de cogumelos, carne seca à base de soja e “bacon chips” de cogumelos continuarão ganhando força em 2019, como uma alternativa aos tradicionais lanches de carne.
“A proteína que vem de alimentos vegetais pode suprir sua ingestão diária”, diz ela. Embora não sejam proteínas completas, têm todos os aminoácidos essenciais ao ingerir vários tipos diferentes.