A liderança como referência
Cientificamente já foi comprovado que conviver durante longos períodos de tempo com a incerteza, gera estresse. No caso dos profissionais, de um modo geral, a produtividade é diminuída de uma forma substancial.
Quando vivemos em meio a uma crise – como a que estamos enfrentando agora, temos a sensação de que perdemos o controle sobre o “nosso mundo”, o mundo da nossa rotina diária.
A neurocientista britânica Tara Swart, já alertava para esse fato por volta do ano de 2017, em razão de suas pesquisas nesse campo. Um ser humano exposto a essa sensação produz maior quantidade de cortisol, o hormônio do estresse.
Entre as várias consequências disso é a baixa criatividade e a dificuldade de se colocar no lugar do outro; o indivíduo deixa de apresentar empatia em seus relacionamentos.
Mas uma coisa que preocupa de fato é que os profissionais expostos a períodos prolongados de estresse, em tempos de crise, apresentam um comportamento negativo em relação ao ambiente e principalmente quando é necessária a tomada de decisão.
Neste período que estamos vivendo você já deve ter ouvido de algum amigo ou parente, frases do tipo “eu não sei como vou honrar meus compromissos”, “minha empresa vai quebrar”, “não tenho conseguido dormir direito – fico perambulando pela casa pensando no que será daqui para frente”.
Eu não gostaria de focar somente os aspectos negativos desse momento, pelo contrário, temos que pensar em alternativas que façam a diferença no sentido de estabelecer condições para a retomada das nossas atividades após esse período de crise.
Como a nossa temática diz respeito à gestão das empresas, é fundamental que a nossa reflexão se concentre em ações para um futuro próximo.
As empresas deverão voltar a sua plena capacidade e é claro, a tendência é que isso ocorra gradativamente. Mas é muito difícil precisar em que ritmo isso irá ocorrer, portanto, teremos uma realidade muito diferente daquela que vivíamos até então.
Por mais que nossas máquinas estejam preparadas para voltar ao ritmo normal, pois se trata apenas, nesse caso, de “apertar” o botão liga; não será assim com as pessoas, com aqueles que fazem as coisas funcionarem e dão ritmo aos processos.
Neste caso é de fundamental importância que os gestores líderes estejam preparados para receber os profissionais que virão, muitos deles com essa carga de estresse a que me referi no início.
A Liderança, dessa forma terá que provar realmente qual é o seu papel nesse contexto todo. São eles que deverão agir para conseguir que seu pessoal possa retomar a confiança, o compromisso e a produtividade.
A liderança terá que estabelecer objetivos claros às suas equipes para que a retomada não seja à custa de mais sacrifícios.
As empresas esperam que seus líderes sejam a referência em tempos de crise, provendo autoconfiança às pessoas, apoiando seus liderados através de feedback continuo e principalmente demonstrando seu compromisso, suas atitudes e sua responsabilidade com os objetivos comuns. Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações.
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