A realidade depois do vírus
Há muito tempo que os biólogos e pesquisadores vinham alertando sobre o perigo das doenças virais. Há décadas que professores em sala de aula, nas Universidades, deixam claro que essas doenças são cíclicas, ou seja, de tempos em tempos estamos sujeitos ao aparecimento delas em escala.
É por esta e outras razões que a questão da Saúde Pública não pode ser tratada de forma meramente corretiva. Os Municípios, por exemplo, deixam muito a desejar quando o assunto é promoção da saúde.
Pois bem, estamos atravessando uma epidemia muito severa e, por consequência, sofrendo com seus impactos. Nenhum país, como estamos vendo, está preparado para lidar com um problema nessas proporções.
Neste sentido, há uma questão que transcende o aspecto da doença causada pelo vírus e que se refere aos impactos sociais e econômicos que ela determina.
Há um consenso de que o mundo não será mais o mesmo depois do covid-19, mesmo que ainda não fique claro quais serão, realmente, essas mudanças e como elas irão acontecer.
De qualquer forma, quando o assunto é gestão das empresas, algumas linhas de pensamento começam a tomar corpo, no sentido de que as organizações possam estar mais preparadas para momentos de crise.
Como sabemos, no Brasil, os pequenos negócios são responsáveis por 27% do PIB, 52% dos empregos com carteira assinada e respondem por 40% dos salários pagos. Apesar da relevância dos números, este é sem dúvida o segmento que mais sofre em momentos de crise.
Infelizmente, o pequeno empresário ainda não descobriu a força que tem na economia brasileira; o que faz com que suas ações ainda sejam tímidas quando se trata de gerir o negócio de forma mais profissional.
Falta ainda, para a maioria dos gestores de pequeno porte, uma compreensão sobre a importância e os ganhos que os sistemas e as ferramentas de gestão poderão trazer ao seu negócio.
Muitos desses empreendedores conservam o paradigma de que eles não precisam se desenvolver nesse campo, ou seja, falar de gestão profissional, segundo eles, é coisa de empresa grande.
É em momentos como os que estamos atravessando que esse paradigma não se sustenta. As empresas que possuem uma gestão profissional, ainda que tenham dificuldades, terão maior probabilidade de passar pela crise com menores perdas.
Eu poderia citar vários elementos que são indispensáveis para manter uma gestão profissional e conectada com o mercado atual, porém pelo menos quatro eu diria que são a base, principalmente para quem pretende profissionalizar sua gestão;
1 – Estabelecer o plano de negócio. – definir o foco; não sair atirando para todos os lados.
2 – Formalizar a estrutura e os processos chave. – deixar claro para todos: quem faz, o que faz e como faz.
3 – Capacitar as pessoas. – tornar os profissionais efetivos partícipes dos processos.
4 – Relevar o desempenho. – ficar com quem agrega valor e demonstra comprometimento.
Se você entende que não está preparado para promover a profissionalização necessária em seu negócio, busque ajuda externa, um consultor experiente pode ajuda-lo a encontrar caminhos de forma ágil, segura e barata.
Há uma nova realidade em curso, onde o foco não será apenas naquilo que se ganha, mas principalmente naquilo que se está deixando de ganhar.
Lembre-se que a retomada irá exigir mais conhecimento e ações mais assertivas, muito diferente do que se praticava antes da crise. Ainda que haja muita incerteza, é certo que a realidade depois do vírus será outra.
Até…
Prof. Moacir Martins Junior Conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações.
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