As escolas agrícolas espalhadas pelo território nacional desempenham elo entre homem e campo, pois possibilita a partir de técnicas educacionais e de treinamento formar cidadãos comprometidos com a agricultura,
complementando a matriz curricular e contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Os alunos destas escolas além terem aulas das disciplinas comuns; português, matemática, geografia, história, química, físicas, inglês; tem como diferencial aula práticas de disciplinas relacionadas a conhecimentos da terra (como de zootecnia), associando ciência e agricultura, permitindo uma maior integração entre prática e teoria.
Aula de Campo sobre Pscicultura, ministrada na Escola Agrícola de Rio Claro
Em Rio Claro, a Escola Municipal Agrícola, foi criada a partir da lei municipal nº2157 de 04/09/1987, que autorizou seu funcionamento pelos pareceres do Conselho Estadual de Educação números 64/68; 1794/91 e 776/93, assumindo a mesma finalidade educativa que todas as escolas agrícolas instaladas no país.
Inicialmente Escola Municipal Agrícola de Rio Claro, atendia apenas alunos de propriedades rurais e de bairros periféricos da cidade, em horário inverso ao escolar, oferecendo aulas práticas de agricultura e aulas de reforço de português e matemática.
Ensinamentos e técnicas de Eqüinocultura
Devido a estes objetivos a escola manteve convênio com a Fundação Nacional para o Bem Estar do Menor – FUNABEM (atualmente designada de FEBEM), onde principiou suas atividades com 27 educandos em regime de estudos não seriados, e a partir de 1988, formação de 55 educandos da 5ª série em sistema seriado.
Alunos da Escola Agrícola de Rio Claro, que fizeram a colheita das Abóboras
Então, neste ano passou a denominar-se pela Prefeitura Municipal de “Escola Municipal Agrícola de Ensino Fundamental Engenheiro Rubens Foot Guimarães”. Com o passar dos anos, a escola começou a atender alunos residentes na zona rural ou em bairros rurais e distritos da região do município de Rio Claro. A oferta de vagas é regulamentada por edital da Secretaria Municipal de Educação.
Desenvolvimento de Hortas e plantações pelos próprios alunos
Atualmente a escola têm 260 alunos, e conta com 15 salas de aula, sendo 9 ambientes para as diversas disciplinas contempladas e seis para as turmas do Ensino Fundamental I. Apresenta em suas dependências; sala de vídeo, biblioteca, quadra poliesportiva, campo de futebol, sala de agroindústria, sala de informática, sala de recursos multifuncional, área de lazer, barracão da área de lazer, áreas para culturas diversas (jardim, horta e pomar) e setores de criações (ovinocultura, suinocultura, avicultura, bovinocultura, piscicultura e meliponicultura).
Aulas de Marcenaria desenvolvidas como atividades complementares
Neste modelo escolar, faz-se positivo, pois os alunos além de dedicarem-se a leitura e escrita, complementam a base teórica de sala de aula, desenvolvendo atividades práticas de trabalhos com a terra, cuidando de plantas e animais e interagindo com a realidade agrícola.
Alunos se dirigindo para as atividades de campo de Pscicultura
Portanto as escolas agrícolas desenvolvem uma Educação do Campo, através do contato com técnicas e conhecimentos relacionados ao trabalho no meio rural (praticas na atividade agrícola e com animais). Possibilitam então, capacitação técnica aos alunos do Ensino Fundamental e difusão de práticas sociais desenvolvidas no campo, permitindo a formação integral dos alunos, e a formação de uma identidade rural.
Por Eder Varussa
