Um projeto inusitado mudou a rotina dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista, de Ribeirão Preto (SP), este ano.
Pelo menos duas vezes por semana, as crianças levam seus animais de estimação para participar das atividades escolares em sala de aula.
As visitas dos bichos fazem parte do Projeto de Intervenção Social (PIS) “Violência, de que forma podemos superar?”, que surgiu com as discussões sobre a temática da Campanha da Fraternidade 2018, durante rodas de conversas dos estudantes. O objetivo era refletir sobre a questão e buscar soluções para diversas situações, em especial dos animais abandonados, que sofrem maus tratos.
Experiência enriquecedora que levou à descoberta dos estudantes para a prática de atitudes fraternas dentro de todo o contexto inserido. O PIS é desenvolvido entre os alunos maristas com propostas de aprendizagem que potencializam vivências significativas em grupo e buscam transformar realidades. Os estudantes aprendem a analisar situações e buscar soluções para os problemas sociais encontrados.
Os projetos se transformam em ações, que são compartilhadas entre os alunos em sala de aula, em casa ou até mesmo na comunidade em que vivem. A busca das crianças por uma forma para superar a violência as levou a desenvolver uma campanha de doação para um abrigo de animais da cidade. A seguir, os estudantes passaram a levar seus bichinhos de estimação para a escola para investigar se eles demonstram algum tipo de sentimento em relação às ações das pessoas.
“Essas atividades levam os alunos a desenvolverem seu protagonismo e têm sido muito prazerosas as experiências vividas nessa fase de alfabetização. Eles estão aprendendo sobre como ajudar os animais abandonados, a importância da doação e como cuidar bem dos animais de estimação”, explica a professora da turma, Francina Dias.
Quem não tem animal de estimação em casa tem a oportunidade de conviver com os bichinhos em sala de aula. “A ideia é que eles aprendam a ter uma relação de respeito com os animais, compreendam seus sentimentos para ajudar aqueles que são abandonados a superar a violência sofrida, transferindo esta vivência para as suas relações interpessoais ”, explica Francina Dias.